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O acaso é uma força tão destrutiva como criativa, que nos leva por caminhos desconhecidos da alma
mas que nos dá lucidez de espírito. Dá-nos a esperança da liberdade ilusória que se instala no nosso
âmago e nos leva a acreditar no impossível. Torna-nos infinitos nas nossas decisões, porque somos
mais sendo menos, ligados a quem foi ou a quem nunca será. Fruto do que se passou ou até mesmo do
que se imaginou, faz-nos tropeçar em algo que eventualmente nos vai fazer crescer mesmo que
inicialmente nem soubéssemos que o queríamos. E é esta construção de carácter que nos faz ser nós,
ser mais perfeitos na nossa imperfeição: sãos na nossa loucura e loucos na nossa sanidade. A transcendermos o que fomos na plenitude do que somos.
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