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Acho que, quando se trata de amor, todos nós somos apanhados de surpresa, todos nós somos um pouco ingénuos... todos nós queremos ser a excepção. Até mesmo quando sabemos que não a somos, há sempre aquele "e se?" E agarramo-nos a essa ideia como se dependessemos dela para viver, como se de ar se tratasse. Tentamos encontrar sentido nos pequenos gestos e significados ocultos nas entrelinhas. Vivemos das histórias que inventamos e alimentamos o desejo de sermos mais do que somos. E, o "e se?" sufoca-nos a razão toldando-nos a visão, deixando imperceptivel o limite da realidade. E a verdade é que mal nos apaixonamos condenamo-nos a nós próprios.
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