Sou ciumenta. Sempre o fui. Depois cresci. E aprendi a escondê-lo. A controlá-lo. Porque o ciúme tende a ter uns olhos demasiado grandes... e a ver coisas onde elas não existem. E eu não gosto que me toldem a visão. E muito menos o pensamento. Talvez tenha aprendido a domá-lo através de conversas profundas comigo mesma. Ou talvez não. Pelo menos, não hoje... Hoje não. Hoje sinto-me como já não me sentia há muito tempo. Roida. Completamente roida. E odeio me sentir assim. Mas vou-me fechar em copas. Porque este estado nunca me levou a lado nenhum e não é certamente agora que vai levar. Vou deixar antes que me consuma o oxigénio da alma e que termine aquilo que começou. Hoje não vou domá-lo nem muito menos asfixiá-lo. Vou deixar que me asfixie a mim, numa morte lenta e silenciosa, com a brandura de um quase sorriso. Pode ser que assim ele morra comigo.
sexta-feira, janeiro 03, 2014
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