sábado, abril 29, 2006

A claridade esconde-me na penumbra.

A minha mente voa à minha frente e eu não a consigo alcança-la quanto mais acompanha-la.

O silêncio acalma-me, ofusca-me, enerva-me.

Eu sou coerente mesmo quando não faço sentido.

Eu tenho o poder de ser aquilo que eu desejar. A questão é: será que tu mereces que eu deseje ser quem tu desejas e ambicionas encontrar?

Temes-me a mim? Ou a viver? Preferes que a vida viva por ti? E o que perdes nos entretantos em que não viveste porque estavas demasiado temente?
Quando as beijas quase perdes os sentidos
Perdes as forças
O teu norte é em seus braços
É neles que te perdes e te encontras
Quase não consegues falar de tão arrebatado que te sentes
Não há sitio onde te sintas mais seguro
Ama-la demais e o demais ainda é pouco
Sonhas com ela todas as noites
E de dia não consegues evitar pensar nela
Sentes-te profundamente triste
Por ela não te sentir do mesmo modo

Quando te sentires assim saberás
Saberás o que eu sinto

quinta-feira, abril 27, 2006


“Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.”

segunda-feira, abril 24, 2006

Quando o meu pópó foi "vandalizado"

Cada pessoa é um abismo. Para falar de alegria é preciso ser feliz. Para falar de dor é preciso ser feliz. A felicidade é a maior ambição de todas. Não podemos ousar mais do que isso. Este espectáculo mundano bem pode encerrar suas portas se assim não o for. O grande relógio do tempo só tem uma palavra: agora. É nesta palavra que devemos viver e procurar o que mais nos completa. Só assim seremos verdadeiramente felizes.
Se um dia o EU morrer certamente será de ciúmes...

domingo, abril 23, 2006

Esta é a resposta ao coment feito ao meu post de 13 de Março.
É engraçado como conseguiste ter uma perspectiva completamente errada daquilo que o meu post e eu mesma queria fazer ver. Discordo plenamente do que disseste. As pessoas precisam de ser ensinadas pelo simples facto que não nascem assim. Ninguém sabe tudo,seja rapaz ou rapariga. E no que diz respeito aos rapazes, muitos deles precisam de umas boas dicas quanto ás raparigas porque simplesmente não as compreendem. Não por serem burros ou algo no género, mas sim por serem diferentes, por não ligarem aos pormenores. E dizer isto não é ser feminista mas sim realista. Enganaste-te noutro ponto, eu não penso só no que eu tenho para ensinar e no que os rapazes têm para me dar, tal como disse atrás tanto rapazes como raparigas não nascem ensinados e tanto uns como outros têm potencial e imenso para dar. Parece me é que tu tens uma visão demasiado fechada. Relativamente aos rapazes não terem de compreender mas sim cumprir, não sei se já ouviste falar em "humor" ou "piada". Quanto a eu ter uma eventual frustração por ter tido alguma má experiência amorosa deixa que te diga que toda a gente já teve más experiências e são as experiências que vivemos que nos moldam o caracter, sejam elas más ou boas. E as más não têm impreterivelmente de nos tornar pessoas amargas. Ou frustradas. Acusaste-me de ser feminista quando foste tu a demonstrar o teu machismo. Acredita que a nós mulheres não nos falta perspectiva, aliás nós temos é prespectivas a mais, por isso mesmo é que, tendencialmente, complicamos as coisas. E, já agora, não tens de ter medo que eu apague o teu coment porque eu acredito na liberdade de expressão desde que ela seja feita com respeito e admito que as pessoas possam ter ideias diferentes das minhas porque nas tuas palavras "cada pessoa é diferente e com características individualizadas" seja ela do sexo feminino ou masculino.
Podias ter evitado tudo
com um “gostava muito que viesses”.
Bastava isso.
Apenas isso.
Não mais.
E eu fui.
Como queres agora que acredite

na sinceridade do sorriso?

O meu quarto está como eu: uma bagunça. E em vez de o arrumar, fico a olhar para ele e só tiro mais coisas do armário... e não tarda muito vou ouvir gritos por estar tudo assim: desarrumado. Mas eu não o consigo arrumar! Eu bem que tento mas o meu corpo não se mexe... pelo menos não para por tudo no sítio... só para tirar.

sábado, abril 22, 2006


Não te esqueças de que a tua frase é um acto. Se desejas levar-me a agir, não pegues em argumentos. Julgas que me deixarei determinar por argumentos? Não me seria difícil opor, aos teus, melhores argumentos. Já viste a mulher repudiada reconquistar-te através de um processo em que ela prova que tem razão? O processo irrita. Ela nem sequer será capaz de te recuperar mostrando-te tal como tu a amavas, porque essa já tu a não amas. Olha aquela infeliz que, nas vésperas do divórcio, teve a ideia de cantar a mesma canção triste que cantava quando noiva. Essa canção triste ainda tornou o homem mais furioso. Talvez ela o recuperasse se o conseguisse despertar tal como ele era quando a amava. Mas para isso precisaria de um génio criador, porque teria de carregar o homem de qualquer coisa, da mesma maneira que eu o carrego de uma inclinação para o mar que fará dele construtor de navios. Só assim cresceria essa árvore que depois se iria diversificando. E ele havia de pedir de novo a canção triste. Para fundar o amor por mim, faço nascer em ti alguém que é para mim. Não te confessarei o meu sofrimento, porque ele te faria desgostar de mim. Não te farei censuras: elas irritar-te-iam justamente. Não te direi as razões que tu tens para amar-me, porque não as tens. A razão de amar é o amor. Também não me mostrarei mais, tal como tu me desejavas. Porque tu já não desejas esse. Se não, amar-me-ias ainda. Mas educar-te-ei para mim. E, se sou forte, mostrar-te-ei uma paisagem que fará de ti meu amigo.
Antoine de Saint-Exupéry, in 'Cidadela'

O pudor inibe a mulher de provocar certas carícias, mas sente prazer em recebê-las quando outro as começa. Sim, um homem tem em demasiada conta as suas qualidades físicas, se espera que seja a mulher a primeira a rogar. É ao homem que compete começar, é ao homem que compete pronunciar as palavras suplicantes; a ela acolher favorávelmente as suas brandas preces. Queres possuí-la? pede. Ela deseja tanto como tu ser rogada. Explica-lhe a causa e a origem do teu amor. Júpiter dirigia-se suplicante às antigas heroínas; apesar do seu poder, nenhuma o vinha provocar. Mas se as tuas preces se quebram na distância dum orgulho desdenhoso, abandona o que começaste e recua. Como elas desejam o que lhes escapa, e detestam o que está ao seu alcance! Sendo menos insistente, não mais serás repelido. E a esperança de alcançares os teus fins nem sempre deve aparecer nos teus pedidos; que o amor penetre sob o nome da amizade. Vi mulheres esquivas serem enganadas desta maneira: o que fora seu cortesão, tornara-se seu amante.
Ovídio, in 'A Arte de Amar'

A Alma Não se Usa na Superfície do Mundo

Se alguma coisa há que esta vida tem para nós, e, salvo a mesma vida, tenhamos que agradecer aos Deuses, é o dom de nos desconhecermos: de nos desconhecermos a nós mesmos e de nos desconhecermos uns aos outros. A alma humana é um abismo obscuro e viscoso, um poço que se não usa na superfície do mundo. Ninguém se amaria a si mesmo se deveras se conhecesse, e assim, não havendo a vaidade, que é o sangue da vida espiritual, morreríamos na alma de anemia. Ninguém conhece outro, e ainda bem que o não conhece, e, se o conhecesse, conheceria nele, ainda que mãe, mulher ou filho, o íntimo, metafísico inimigo.
Fernando Pessoa, in 'Livro do Desassossego'

sexta-feira, abril 21, 2006



Foi lindo! Adorei a orquestra, o maestro era completamente louco. E a companhia não podia ser melhor =)

quarta-feira, abril 19, 2006


Hoje vesti-me de laranja em homenagem ao Francisco Adam, que faleceu, mais conhecido por "Dino" dos Morangos com açucar. Como eu, outros o fizeram. Houve gente que me questionou o porquê disso visto que eu nem o conhecia. A verdade é que apesar de não o conhecer fiquei triste ao saber da sua morte. É estranho como nos podemos "ligar" a alguém mesmo sem a conhecer só porque a vemos todos os dias na caixa mágica. De certa forma é como disse uma senhora de idade que apesar de não connhecer o "Dino" disse que ele era quase como um neto que a visitava todos os dias ao fim da tarde. Eles não nos conhecem mas nós, de uma maneira peculiar, sentimos que os conhecemos, quando na realidade o que conhecemos é apenas a personagem que fazem na ficção. E também acho muito triste alguém tão jovem perder a vida assim... afinal tinhamos a mesma idade. E, acima de tudo, vesti-me de laranja porque, do ponto de vista, é um gesto bonito. Sim, não vai mudar o que aconteceu mas também não custa nada. É bonito... Faz bem à alma. E o mundo em que vivemos carece de gestos como estes. Somos demasiado indiferentes àquilo que não nos diz respeito directamente. Não devia ser assim. Talvez se fossemos um pouco diferentes o mundo em que vivemos seria muito melhor. Eu sei que é uma utopia mas é a minha maneira de ver as coisas.

domingo, abril 16, 2006

A morte é algo muito difícil e estranho de se lidar. Enquanto não passarmos por ela nunca saberemos os segredos que encerra, nunca saberemos se é o fim ou apenas uma transição. Mas de uma maneira ou de outra é algo bastante assustadora. Porque mesmo que não tenhamos medo de morrer, temos sempre medo de perder os que nos são mais queridos. E como já alguém o disse “é a única certeza que podemos ter”. Mas como lidar com ela?

sábado, abril 15, 2006


In amore troppo è ancora poco

sexta-feira, abril 14, 2006

Quebra as correntes, liberta-te. Não há leis que te possam prender se a tua consciência te guiar. Revela-te perante nós. tem a ousadia de seres tu próprio. A cama és tu quem a faz mas também és tu que decides se nela te deitas. Grita! Berra! Ou dá o berro!

The best of ENED




terça-feira, abril 04, 2006


Quero-te só a ti, meu amor! Só quero o que és... Solta as mascaras que te prendem no passado e sorri quando encontrares o futuro em mim... Serás feliz! Não quero certezas... Ninguém é feliz se souber que o amanhã não vem... Quero viver contigo a incerteza do amanhã, com a incerteza de que te posso perder... O dia de hoje vale mais que tudo. O teu sorriso cobre as desgraças e os infortúnios do futuro! Quero-te, meu amor!

Rita Dias

domingo, abril 02, 2006


Será a minha mente a trepidação da irrealidade?

Look into my eyes
You will see, what you mean to me
Search your heart , search your soul
And when you find me there, you'll search no more
Don't tell me it's not worth trying for
You can't tell me it's not worth dying for
You know it's true, everything I do, I do it for you
Look into your heart , you will find
There's nothing there to hide
Take me as I am, take my life
I would give it all, I would sacrifice
Don't tell me it's not worth fighting for
I can't help it, there's nothing I want more
You know it's true, everything I do, I do it for you
There's no love, like your love
And no other, could give more love
There's nowhere, unless you're there
All the time, all the way
Look into your heart, babe
Oh, you can't tell me it's not worth trying for
I can't help it, there's nothing I want more
Yea, I'd fight for you, I'd lie for you
Walk the wild for you, yeah I'd die for you
Ya know it's true
Everything I doooooh
I do it for you