segunda-feira, dezembro 31, 2018

A casualidade de uma relação (ou não)


O casual não é para mim. Fazem-me falta os sentimentos. O sentido de posse, de pertença. Essa coisa do "aqui, agora, e amanhã logo se vê" não se coaduna com a minha vontade de futuro. Anseio e ensejo muito mais. Sou de planos e sonhos. De construções sólidas e edificadas. Não consigo viver nesta onda das relações instantâneas, em que é sempre mais fácil desistir e passar à próxima pessoa do que realmente perder tempo e paciência a construir algo de valor.

Mais, assusta-me a facilidade com que se substitui uma pessoa, a fugaz importância que temos uns para os outros. A realidade é que ninguém se está para dar ao trabalho e à minima coisa cada um segue o seu caminho. Não sei se influenciados, ou não, pelos filmes e por todas aquelas histórias de encantar que nos vendem quando somos pequenos (e que nos continuam a vender vida fora), mas buscamos a pessoa perfeita, a relação perfeita, a união transcendental daquela que deve ser a nossa outra metade e nos completar para lá que o seria imaginavel (e realista). O que, como é óbvio, nos condena ao redondo falhanço. E passamos de pessoa em pessoa, numa busca supérflua e infrutífera, consumindo os outros como se fossem fast food. Não criamos laços ou raizes, não deixamos que passe tempo suficiente para construirmos um nós. Esperamos acertar à primeira, sem sequer entender que as relações dão trabalho (muito trabalho!), e que ser feliz não é um destino mas sim um caminho. E mais, esse caminho está cheio de buracos e pedras e curvas e de tudo o resto... Não é um passeio no parque. Ou melhor, com sorte, até é, mas não é o é sempre.

Porque nenhuma relação é sempre feliz ou sempre apaixonada ou sempre qualquer outra coisa que imaginávamos. E quem já partilhou a sua vida com alguém, sabe perfeitamente que a rotina, o dia-a-dia, a convivência diária com o outro, vai matando o romance. As borboletas desaparecem. Não quer dizer que não possam voltar. Porque podem, mas certamente não permaneceram. Porque as relações são feitas de altos e baixos. E, muitas vezes, também nos desencantamos... seja porque nos acomodamos, porque esperavamos mais, ou porque já não novidade. E aí, podemos ou ajustar as expectativas para um nível aceitável de realidade, ou aceitar que tudo é mutável e se transforma e que isso não tem de ser categoricamente mau, ou fazer alguma coisa para mudar o que não nos agrada. O que acontece é que chegados a este ponto, as pessoas simplesmente desistem da outra, partem para a próxima, porque é mais fácil, mais comodo, menos trabalhoso e, na maior parte das vezes, mais aliciante.

E perde-se pelo o caminho tudo o que se construiu, tudo o que se viveu, tudo o que se partilhou. Sem nos apercebermos que quando o fazemos apenas nos estamos a perder a nós próprios, porque enquanto o fizermos seremos sempre seres inacabados.

sexta-feira, dezembro 28, 2018

... já te podia ter conhecido não?


Já mas… estarias preparado para mim? Ver-me-ias da mesma maneira sem a bagagem emocional que trazes? Seria eu quem verias sem a experiência de uma vida feita de escolhas e enganos? Quem te disse que não estiveste sempre a caminhar, até aqui, para mim? Quem te disse que este tempo imperfeito, o agora, não vai ser mais tarde o inicio de nós? Terás tu a capacidade de me esperar até que me possa encontrar contigo? Porque agora tenho de ser eu a caminhar até ti. Terei que me encontrar contigo, algures, no meio do caminho. E a decisão de ir, de arriscar, uma vez mais, tem de partir de mim. Porque partirá. Porque partirei. E eu nunca soube partir. Talvez por isso sempre me demore nos sítios mais do devia. Desistir nunca fez parte de mim. Talvez seja sempre mais presente que futuro... ou mais passado. Mas a verdade é que não gosto de fins, ainda que impliquem inícios. Talvez me assustem os começos ou a mudança. Prefiro o risco calculado. Sempre mantenho o controlo, ainda que na realidade tudo não passe de uma falácia, de uma mentira que conto a mim mesma, para justificar o medo. Mas tudo tem um tempo. E o meu é o agora. e talvez o nosso seja o depois. Quem sabe? Esperaremos os dois se esperares por mim. Até lá será um até já ou um até logo.

quarta-feira, dezembro 26, 2018

Olhares


Ela tinha aquele olhar que lhe lia a alma, que o deixava completamente despido perante ela. E isso intrigava-o. Nunca ninguém o tinha deixado assim. E não sabia nada sobre ela... Apenas que, quando se olhavam, a distância não existia, ainda que apenas por meros segundos - que era quanto duravam aqueles cruzares de olhar. Era tudo um instante, que passava depressa demais. E o amanhã era apenas um desejo de a ver novamente, de se despir nela... uma e outra vez. E a noite era a possibilidade de talvez sonhar com ela e a ter mais perto. De encurtar o mundo e o tempo. De saber mais. Já que não tinha coragem de se oferecer, de a conhecer. Pois, não sabia que lhe poderia dizer. Ela já sabia tudo sobre ele. Ainda que não o soubesse. Ela via-o, cada vez que se olhavam. E todas as palavras que pudesse dizer-lhe seriam meros arredondamentos do óbvio. Já que tudo era dito de cada vez que olhava para ela. Não haveria palavra mais verdadeira do que aquelas que já partilhara com ela no silêncio do olhar. E muito provavelmente faltar-lhe-ia a coragem e a voz para lhe falar. Para lhe dizer. Para se mostrar. Portanto, como poderia ele apresentar-se a alguém de quem nada sabia mas que já o conhecia tão bem?

segunda-feira, dezembro 17, 2018

Acabei de ver

a 4ª temporada de "Fear of the Walking Dead"

a 7ª temporada de "American Horror Story"

a 1ª temporada de "Insatiable"

a 1ª temporada de "The Sinner"

domingo, dezembro 09, 2018

Lista para o Pai Natal - Bobby Brown

Long-Wear Gel Eyeliner

Eye Repair Cream

Corrector Light Peach Bisque

Foundation SPF 15 Warm Beige

Creamy Concelear Warm Beige e Powder Pale Yellow

segunda-feira, dezembro 03, 2018

Acabei de ver

a 1ª temporada de "A discovery of witches"

a 1ª temporada de "Elite"

a 1ª temporada de "You"

a 1ª temporada de "The Bold Type"

a 2ª temporada de "3%"