sexta-feira, dezembro 28, 2018

... já te podia ter conhecido não?


Já mas… estarias preparado para mim? Ver-me-ias da mesma maneira sem a bagagem emocional que trazes? Seria eu quem verias sem a experiência de uma vida feita de escolhas e enganos? Quem te disse que não estiveste sempre a caminhar, até aqui, para mim? Quem te disse que este tempo imperfeito, o agora, não vai ser mais tarde o inicio de nós? Terás tu a capacidade de me esperar até que me possa encontrar contigo? Porque agora tenho de ser eu a caminhar até ti. Terei que me encontrar contigo, algures, no meio do caminho. E a decisão de ir, de arriscar, uma vez mais, tem de partir de mim. Porque partirá. Porque partirei. E eu nunca soube partir. Talvez por isso sempre me demore nos sítios mais do devia. Desistir nunca fez parte de mim. Talvez seja sempre mais presente que futuro... ou mais passado. Mas a verdade é que não gosto de fins, ainda que impliquem inícios. Talvez me assustem os começos ou a mudança. Prefiro o risco calculado. Sempre mantenho o controlo, ainda que na realidade tudo não passe de uma falácia, de uma mentira que conto a mim mesma, para justificar o medo. Mas tudo tem um tempo. E o meu é o agora. e talvez o nosso seja o depois. Quem sabe? Esperaremos os dois se esperares por mim. Até lá será um até já ou um até logo.

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