Posso não gastar as pedras da calçada em esperas inúteis, mas gasto o meu espirito sempre que me sento naquela mesma cadeira. Todos os dias diferente mas todos os dias igual, porque me põe sempre no mesmo sitio. Um sitio onde não quero estar. E de tanto esperar, já sou invadida pela calma da espera mas nem por isso tenho mais paciência. O mundo devia cumprir o relógio, em vez de ter as horas trocadas. Porque a vida apodera-se de nós sem que possamos dizer seja o que for. Sem pudermos opinar. Porque nos sujeita e nos apanha sempre de surpresa. E os planos, aqueles que construímos, e que tão ferozmente tentamos defender, são apenas castelos de areia à espera pacientemente para morrerem na praia. A vida tem esse jeitinho sarcástico de nos trocar as voltas. E a antecipação do desfecho mata-nos mais que ele próprio, porque é a espera que nos desgasta no decorrer dos dias.
terça-feira, janeiro 21, 2014
Será que quem espera desespera ou sempre alcança?!
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