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Os filmes do director Lars Von Trier são conhecidos por possuírem uma visão muito pessoal, muitas vezes levando a uma estética inovadora, como a falta de cenários em Dogville e Manderlay. Anti Cristo dividiu opiniões em Cannes pelas suas cenas chocantes, que receberam críticas ferrenhas. De facto, o filme não esconde nada, nem as partes genitais durante as cenas de sexo, nem as mutilações. Apesar disso, há um clima de suspense na maior parte do tempo, brincando com os sons da floresta e ruídos agoniantes, deixando as sensações dos personagens tomarem conta do que acontece. Aliás, só há música na primeira e na última cena, e há somente três personagens em cena, o pai, a mãe e o filho, este aparecendo como flashbacks, além de cenários em locações reais. Um minimalismo, ou um realismo, bem condizente com o director. Mais do que um suspense, este é um filme sobre o casamento, a relação entre homem e mulher e seus conflitos, tratados de maneira bem negativa.
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(In)confidência: O filme é um filme deveras estranho!! Um filme que eu ainda estou a digerir. Tem algumas imagens fortes que provocam em nós uma sensação de desconforto e algumas imagens que parecem autênticas obras de arte. Todo o filme é uma grande metafora que é desvendada, obviamente, no final. Sendo que durante o filme o maior sentimento é o da estranheza, quase como se o filme fosse uma esquizofrenia do realizador reflectida na personagem da mulher.
1 comentário:
Tentei ver o filme todo mas simplesmente não consegui! É deveras estranho!
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