Sou impulsiva. Demasiado impulsiva. Sou daquelas que salta primeiro e pensa onde vai aterrar pelo caminho. E caio. Esfolo os joelhos. Levanto-me e salto de novo. Só para esfolar os joelhos novamente e dizer para mim própria "Mas tu já sabias antes de saltar que os joelhos ias esfolar". (Engraçado, como tudo fica melhor quando se rima, até uma pequena dor deslocada de outro sitio qualquer!) E depois arrumo a dor. No armário, já há comprimidos para quase tudo. (Eu não disse, ao inicio, que era impulsiva? Demasiado impulsiva?) É que, quando caio, não deixo de saltar, apenas me começo a atirar de outra forma. Portanto, tenho um armario cheio para arranhões, queimaduras e esfolanços. Quase poderia dizer que sou a melhor médica das redondezas. Mas isso implicaria mais bom senso do que aquele que tenho. Claro que, após a queda, não salto logo, pelo menos não imediatamente. É necessário esquecer primeiro a dor. A menos que esteja a apontar para que a adrenalina do próximo salto me cure a dor do anterior. É que as vezes o armário também se esvazia e precisamos de encontrar um penso rápido. E nada melhor como cobrir um erro com outro.
sexta-feira, novembro 20, 2015
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