Ela, era uma miúda. Podia ser uma miúda, mas não era uma garota. Sabia o que queria da vida. Sempre soubera. Desde muito nova. Talvez mesmo desde sempre. Mas não era uma mulher. Nunca se sentira como tal. Sentia-se perdida na vida. Pensara que, por aquela altura, estaria num local completamente diferente. Que seria outra. Não ela. Aproximava-se terrivelmente daquela idade em que todos os outros já eram alguém. E ela, ainda era ela. Apenas ela. E era esse apenas que a reduzia. Não que não gostasse de quem era, mas sim por acreditar que podia ser tanto mais se ao menos o fosse acompanhada. Talvez fosse isso que a impedisse de evoluir em si própria. De ser mulher. Talvez precisasse de um homem que fizesse dela mulher. O seu coração cheio de sonhos também precisava de afectos. Mas isso já não a preocupava. Sabia que a sua história já tinha começado, mesmo sem a sua autorização. Portanto, era agora apenas uma questão de tempo. Seria apenas mais um apenas.
terça-feira, novembro 10, 2015
Ele. Ela.
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