Não há nada como um poemeto estúpido para derreter uma gaja
Quando as noites são mais frias, lá em casa é certo certinho que as manhãs aquecem. E aquecem não porque se liga o ar condicionado e sim porque à gaja sobe-lhe a temperatura. E quem paga, quem?! Eu...
Nos últimos dias, só lhe dá para me culpabilizar por furtos do edredão. Diz ela - sem apresentar provas concretas - que eu durante a noite puxo o edredão todo para o meu lado, deixando-a exposta ao frio. São acusações destas, totalmente infundadas, que destroem a harmonia de um lar...
É claro que tenho respondido sempre à altura. Sempre que ela me dizia "roubaste-me o edredão", eu devolvia "não roubei nada", "não sei de nada, estava a dormir", "tu é que se calhar empurraste o edredão para cima de mim", "foram as gatas", "foi o cão", "foi o José Sócrates", "não sei do que estás a falar, vai mais é comprar-me um gelado" e outras coisas que tais.
Como a gaja não ficava convencida, achei que talvez devesse mudar de estratégia. Foi o que fiz hoje. Quando ela veio com a conversa do costume: "blá, blá, blá, e esta noite voltaste a roubar-me o edredão", não estive com merdas e adoptei uma medida radical: assumir a culpa mas de uma forma que evitasse qualquer punição. E que medida foi essa? Uma singela e estúpida rima, acompanhada de uma expressão facial que, em termos de fofice, nada devia ao focinho de um cachorrinho abandonado: "Sim, confesso, roubei...como tu me roubaste o coração, então eu roubo-te o edredão!"
E não é que funcionou?! Ela ficou mais derretida do que a cara da Manuela Moura Guedes. Esqueceu logo ali o alegado furto do edredão e muito menos equacionou castigar-me. Só fez aquele "ooooohhhhhhhh" de emoção e ficou ali, a olhar para mim, totalmente satisfeita com aquilo que, no ver dela, era uma declaração romântica (só a minha gaja para achar romântica uma frase em que aparece a palavra edredão...).
Isto diz muito acerca da minha gaja. E não só: isto diz muito acerca das gajas em geral. Qualquer laracha assim mais sensível pega. Uma frase atirada assim, à pressão, desde que contenha termos como "coração", "amor", "beijinhos", "carinhos" e afins, tem o efeito, junto do sexo feminino, das amnistias presidenciais: qualquer crime que se tenha cometido fica logo ali perdoado.
Estamos aqui, portanto, perante algo digno de um case-study. Alguém um dia ainda há-de explicar-me por que é que a mente feminina funciona como funciona... Sugestões, anyone?!
P.S.: Gaja, antes que resolvas dar-me tareia com um martelo, lembra-te de que não vale a pena empunhares um martelo quando o nosso amor é tão belo. [será que vai resultar outra vez?!]
Nos últimos dias, só lhe dá para me culpabilizar por furtos do edredão. Diz ela - sem apresentar provas concretas - que eu durante a noite puxo o edredão todo para o meu lado, deixando-a exposta ao frio. São acusações destas, totalmente infundadas, que destroem a harmonia de um lar...
É claro que tenho respondido sempre à altura. Sempre que ela me dizia "roubaste-me o edredão", eu devolvia "não roubei nada", "não sei de nada, estava a dormir", "tu é que se calhar empurraste o edredão para cima de mim", "foram as gatas", "foi o cão", "foi o José Sócrates", "não sei do que estás a falar, vai mais é comprar-me um gelado" e outras coisas que tais.
Como a gaja não ficava convencida, achei que talvez devesse mudar de estratégia. Foi o que fiz hoje. Quando ela veio com a conversa do costume: "blá, blá, blá, e esta noite voltaste a roubar-me o edredão", não estive com merdas e adoptei uma medida radical: assumir a culpa mas de uma forma que evitasse qualquer punição. E que medida foi essa? Uma singela e estúpida rima, acompanhada de uma expressão facial que, em termos de fofice, nada devia ao focinho de um cachorrinho abandonado: "Sim, confesso, roubei...como tu me roubaste o coração, então eu roubo-te o edredão!"
E não é que funcionou?! Ela ficou mais derretida do que a cara da Manuela Moura Guedes. Esqueceu logo ali o alegado furto do edredão e muito menos equacionou castigar-me. Só fez aquele "ooooohhhhhhhh" de emoção e ficou ali, a olhar para mim, totalmente satisfeita com aquilo que, no ver dela, era uma declaração romântica (só a minha gaja para achar romântica uma frase em que aparece a palavra edredão...).
Isto diz muito acerca da minha gaja. E não só: isto diz muito acerca das gajas em geral. Qualquer laracha assim mais sensível pega. Uma frase atirada assim, à pressão, desde que contenha termos como "coração", "amor", "beijinhos", "carinhos" e afins, tem o efeito, junto do sexo feminino, das amnistias presidenciais: qualquer crime que se tenha cometido fica logo ali perdoado.
Estamos aqui, portanto, perante algo digno de um case-study. Alguém um dia ainda há-de explicar-me por que é que a mente feminina funciona como funciona... Sugestões, anyone?!
P.S.: Gaja, antes que resolvas dar-me tareia com um martelo, lembra-te de que não vale a pena empunhares um martelo quando o nosso amor é tão belo. [será que vai resultar outra vez?!]
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