segunda-feira, outubro 03, 2016

Não és saudade.

Eu acho que te escondes no sentimento quando escreves em inglês. Porque não te expões, não tens os tempos verbais que te machucam nos presentes e nos participios, no passado e no futuro. Não tens de distinguir quem és, o que sentes, e quando o fazes. És apenas mais um aglomerado de palavras que não dizem verdadeiramente quem és, que não vão até ao teu âmago. E não és saudade, porque só o és em português. Nenhuma outra lingua o tem: esse sentimento tão nosso.

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