segunda-feira, dezembro 29, 2014

Podia ter-te. Aqui. Agora.

Em vez disso, vou agarrar-me a uma caixa de gelado - e talvez mais uns quantos doces - como se alguma vez algum doce conseguisse substituir a falta que me fazes(!)... enquanto te escrevo mais uma das minhas muitas e inúmeras cartas de amor, da qual eventualmente lerás excertos um dia destes quando deres por ti no meu blogue (Ou pensas que não sei que divagas por aqui, entre as minhas palavras, numa tentativa encapuçada de me ainda me teres por perto?). Talvez fale do quanto te amo ou do quanto sinto a tua falta. Ou até mesmo da inevitabilidade do nosso destino juntos. Talvez fale do quanto te queria aqui, do quanto queria que me batesses à porta e me arrebatasses com um beijo como se de um filme de cinema se tratasse. E talvez feche os olhos e imagine isso a acontecer... e talvez, só talvez apenas, sinta o gosto do teu beijo na minha boca, acordando-me cada um dos meus sentidos. Talvez fale do que nos une e do que nunca terás com mais ninguém. Talvez fale dela e do desperdício que é o tempo com ela porque sei que ela nunca te fará sentir nem metade do amor que eu faço. E o amor não é metades. Talvez chore toda a nossa história e te conte palavras de tristeza e arrependimento. Talvez construa em sonhos a vida que deveriamos ter ao lado um do outro. Talvez repita o amor ao expoente da loucura numa tentativa desesperada de ouvires o coração que tanto tentas calar. Talvez te invoque na minha cama ou até mesmo dentro de mim, sentindo-me a cada centímetro de pele. Ou talvez te conte a forma como morro um bocadinho mais a cada vez que não vens. Talvez te conte o coração ou te chore o amor na espera ridicula de um relógio estragado. Mas independentemente do que escreva, escrever-te-ei sempre a ti.

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