
A primeira loja de rebuçados artesanais de  Lisboa já abriu as portas. Só que esta não se limita a vender doces: fabrica-os  à mão e em frente aos clientes, conta Catarina Sacramento. A maior graça da Papabubble está em não ser mais uma  loja com caixas e caixinhas de doces, onde se entra, escolhe-se, paga-se e  adeusinho, até amanhã. Aqui é diferente: pode-se ficar a ver os rebuçados a  ganhar forma diante dos nossos olhos. Metros e metros de uma pasta melosa a ser  trabalhada, para daí a uma ou duas horas se converter em centenas de peças  minúsculas e coloridas, com mais de 30 sabores. Por isso é que lhes chamam  rebuçados artesanais: contam-se pelos dedos os sítios no mundo onde ainda se usa  este método. “Se forem vinte é muito”, garantem-nos os donos.
A primeira  Papabubble abriu em Barcelona, em 2003, pela mão de dois australianos, Tommy  Tang e Crick. Hoje já são seis lojas, em países diferentes, e a de Lisboa foi a  mais recente nesta contagem. Vasco Pinto e Nuno Couceiro quiseram trazê-la para  Portugal porque apesar de ser um franchising, tem um lado original que os  atraiu. Uma loja de rebuçados como esta é por si só uma espécie de monumento à  pop. As cores, as formas – todo o aspecto visual tem qualquer coisa de  magnético. Mas esta ainda tem um atractivo extra: dá para ver os rebuçados a  serem feitos em tempo real.
Por isso, não espanta que um fotógrafo e um arquitecto tenham acreditado que também podia resultar em Lisboa. Esta ideia de loja-espectáculo só é possível porque há dois candy makers a trabalhar (quase) em permanência, com um vidro a separá-los dos olhares curiosos dos clientes. Tiveram formação em Barcelona e Amesterdão; agora chegou a hora de pôr tudo em prática.
Juntar as essências e os corantes à água, açúcar e glucose nem é a parte mais difícil. O maior segredo está nos nano-mini-micro desenhos que, no final, aparecem em cada rebuçado: imagens minúsculas de um morango, um ananás ou uma melancia perfeitamente visíveis numa rodela com um centímetro. Parece magia o que sai das mãos de Nuno e Sónia. Mas é arte.
Os sabores também fazem a  diferença, garantem. Além das frutas (lima, manga, framboesa, maracujá, kiwi… –  a caixa de 200g custa 5,90€), há rebuçados de eucalipto, violeta ou canela e  almofadinhas com recheios (chocolate, menta, coco), outros super-ácidos e também  sem açúcar. E depois há as formas, onde procuram “ir sempre surpreendendo”:  desde os chupa-chupas do tamanho que se queira, até 80 cm (os normais custam  4,20€) ao objecto mais provocador que lá têm à venda – um dildo (17€).
A somar à  doçaria em exposição, personalizar é a palavra-chave. Por encomenda, fazem o que  o freguês quiser. De logótipos de empresas, a Hello Kittys ou super-homens  dentro de rebuçados, vale tudo. Até já lhe pediram “coisas mais bizarras, como  um peixe com cara de caveira”, conta Nuno. A imaginação é o limite.
In Time Out
Para quem quiser dar lá um pulinho:
Papabubble
Rua da Conceição, 117-119
Horário: segunda a sábado | 10h30-19h30
Tel.: 213 427 026
E-mail: lisboa@papabubble.com
2 comentários:
Ele têm chupa-chupas em forma de dildo?! Esse eu nao encontrei por lá, deve ser bem interessante...
Tu és terrivel!! Pa que é que querias isso?! :P
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