quarta-feira, novembro 20, 2013

AE "O Conselheiro" - Crítica


Sinopse:
Determinado a subir na vida seja a que preço for, um advogado americano deixa-se envolver no perigoso mundo do tráfico de estupefacientes. Assim, aliciado pelo lucro fácil, parte para o México, onde faz negócio com Reiner, um poderoso barão da droga que tem em mãos um carregamento de cocaína avaliado em mais de 20 milhões de dólares. Porém, o que parecia uma proposta irrecusável que iria mudar a sua vida para sempre revela-se uma decisão fatal que o levará a si e às pessoas que ama a uma verdadeira descida aos infernos.
Com realização de Ridley Scott (“Gladiador”, “Gangster Americano”) e argumento original do romancista Cormac McCarthy, uma história de acção e suspense, que conta com um elenco de luxo: Michael Fassbender, Penélope Cruz, Cameron Diaz, Brad Pitt , Javier Bardem e Bruno Ganz, entre outros.

(In)confidência:
Este é daqueles filmes que podemos dizer que teve um trabalho de marketing impecável!!! Com um trailer deveras emocionante, este filme dá a sensação de se tratar sobre o mundo de tráfico de drogas, o que acaba por não corresponder bem à verdade... E se me perguntarem "Então sobre o que é que o filme trata", a verdade é que nem sei realmente dizer...
Com Ridley Scott a realizar uma história escrita especificamente para o grande ecrã por Cormac McCarthy (autor de “Este País Não é para Velhos” e “A Estrada”) e interpretada por Michael Fassbender, Javier Bardem, Brad Pitt, Penélope Cruz, Cameron Diaz, era de esperar que este fosse um dos filmes do ano, o que claramente não foi o que aconteceu!! Aliás, sinto que este filme foi realmente um grande desperdicio de talentos.
Começando logo pela triste tradução do nome original "The Counselor" para "O Conselheiro", que além de não corresponder ao significado, não faz qualquer sentido nem mesmo depois de se ver o filme, este filme acaba por ser um daqueles filmes de que se sai da sala de cinema com a sensação de que o filme acabou a meio... Simplesmente não se percebe a maior parte da história, no sentido em que as coisas não se interligam ou não são explicadas. É um filme vazio de conteúdo, que não funciona nem mesmo a nível de um filme de mero entretenimento.
Também não se percebe algumas das indagações de alguns dos personagens, quase numa tentativa de pseudo existencialismo ou inteligência sobre a natureza do ser, como:  “Não se conhece alguém até saber o que ele quer”, “A vida é estar na cama com você, o resto é espera”, "Se continuar nesse caminho, um dia fará decisões morais que o surpreenderão" e “A verdade não tem temperatura”, que até soam bem mas depois acabam por não transmitir realmente nada na acção que se está a desenrolar.

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