The Crazies, o original de George Romero, era um exercício de ficção científica em torno da falta de limites do governo e da possibilidade da população se revoltar contra a imposição do poder militar.
Tinha um certo toque de horror, mas ele servia o propósito de explanar os efeitos da culpa nascida no seio do Poder e de comentar o tópico social de que a população deve ter a capacidade de fazer exigências - de informação, se de nada mais - aos que a governam.
Tinha um certo toque de horror, mas ele servia o propósito de explanar os efeitos da culpa nascida no seio do Poder e de comentar o tópico social de que a população deve ter a capacidade de fazer exigências - de informação, se de nada mais - aos que a governam.
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The Crazies, o filme que agora estreia, é apenas o que sobra da leitura de Hollywood de um tópico assim: uma porção de terror para uma porção de acção.
Ainda que em pano de fundo o efeito que origina o desenrolar do filme seja o mesmo, a verdade é que a intervenção militar, o desleixo governamental e a revolução popular são apenas notas de rodapé de um filme que, em hora e meia, não faz muito mais do que tentar acertar com dois ou três sustos e seguir um padrão tipificado para um filme sobre um grupo de pessoas em fuga.
Ainda que em pano de fundo o efeito que origina o desenrolar do filme seja o mesmo, a verdade é que a intervenção militar, o desleixo governamental e a revolução popular são apenas notas de rodapé de um filme que, em hora e meia, não faz muito mais do que tentar acertar com dois ou três sustos e seguir um padrão tipificado para um filme sobre um grupo de pessoas em fuga.
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No filme não há um verdadeiro caos, nem uma verdadeira paranóia. Tudo parece mimeticamente disposto para se parecer com a hipótese de uma pequena cidade esta a ser dominada por um vírus que transforma as pessoas em assassinos tresloucados - e, consequentemente, pelo exército.
No entanto não há "vida" nessa imagem que tentam fazer passar e conseguimos antecipar para onde vai a história a cada momento, até ao ponto final que só os dois personagens que sobram parecem incapazes de adivinhar.
Isto, tanto para um filme de terror, como para um filme de fuga, é um péssimo sinal e um efeito anulador de qualquer pretensão que o filme possa ter.
No entanto não há "vida" nessa imagem que tentam fazer passar e conseguimos antecipar para onde vai a história a cada momento, até ao ponto final que só os dois personagens que sobram parecem incapazes de adivinhar.
Isto, tanto para um filme de terror, como para um filme de fuga, é um péssimo sinal e um efeito anulador de qualquer pretensão que o filme possa ter.
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A impressão deixada por The Crazies, mesmo com algumas sugestões acerca das personagens, dependeria sempre do ambiente criado e da reflexão social - mesmo que involuntária - que apresentasse.
Esvaziado disso como foi do original para o remake, a verdade é que The Crazies passa a ser apenas um filme com pouco mais do que algum interesse, alguma perícia, mas nenhuma relevância.
Isso, sinceramente, é uma pena, pois quase 30 anos depois, o filme de George Romero continua a fazer sentido ser visto, enquanto a sua readaptação já se esgotou. Mas lá está, o filme de Romero falhou nas bilheteiras para com o tempo ganhar algum culto e reconhecimento, enquanto que este The Crazies poderá ter garantido desde já o seu sucesso na bilheteira apenas para ser esquecido com o passar dos anos.
Ler mais em: http://splitscreen-blog.blogspot.com/2010/04/crazies-desconfia-dos-teus-vizinhos-por_05.html
Esvaziado disso como foi do original para o remake, a verdade é que The Crazies passa a ser apenas um filme com pouco mais do que algum interesse, alguma perícia, mas nenhuma relevância.
Isso, sinceramente, é uma pena, pois quase 30 anos depois, o filme de George Romero continua a fazer sentido ser visto, enquanto a sua readaptação já se esgotou. Mas lá está, o filme de Romero falhou nas bilheteiras para com o tempo ganhar algum culto e reconhecimento, enquanto que este The Crazies poderá ter garantido desde já o seu sucesso na bilheteira apenas para ser esquecido com o passar dos anos.
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