Quando escrevemos sobre alguém, para alguém, são nossas as palavras que o deixam de o ser. Passam a ser deles, as palavras, quando usadas. Sai de nós o que nunca nos pertenceu na realidade.
Todos os escritores são mentirosos, ladrões e gatunos.
Vivemos dos outros e retiramos deles o que precisamos como se de sugadores de almas ambulantes fossemos feitos. Procuramos as letras que nas entrelinhas nos definem.
Todos os escritores são mentirosos, ladrões e gatunos.
E todas as frases escritas são apenas variações das mesmas palavras. Nada é original. Nada é novo. É apenas o velho re-misturado como se de uma velha canção se tratasse.
Todos os escritores são mentirosos, ladrões e gatunos.
O meu texto é o teu texto, é o nosso texto. É um texto que é de toda a gente e que acaba por ser de ninguém.
Porque todos os escritores são mentirosos(!), ladrões(!) e gatunos(!).
Ah, e excelentes marketers!
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