Há lá coisa mais imperfeita que o amor? Essa doença que nos transforma e que traz ao de cima o pior e o melhor de nós?
O amor é egoísta e egocêntrico. Fecha-se em si mesmo e vive dos outros. Alimenta-se consumindo quem está ao nosso lado. Finge-se de bonzinho quando na sua génese é mau, vil e mesquinho.
O amor? O amor nada perdoa, pelo menos não verdadeiramente. Ele decora todo e cada mal passo dado, para o nos atirar à cara um dia mais tarde.
E tanto se escreve sobre ele, sem nada de facto sobre ele se saber. Enaltece-se a virtude quando disso pouco ele tem. E ele? Ele ri-se de nós naquele esgar de quem sabe exactamente que nos está a manipular. E a nós, presas faceis, seduz-nos o olhar que nos prende na mentira em que queremos acreditar
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