Adorava o seu toque. Era quente como o sol no início da Primavera que faz desabrochar as tímidas flores. E era assim que se sentia ao pé dele, como se estivesse a desabrochar pela primeira vez. Não sabia explicar mas, ele tocava-lhe no mais intimo canto da sua alma, e fazia-o sem qualquer esforço, sem qualquer tentativa sequer. Sentia-se segura nas suas mãos. Sentia-se em casa, se é que se pode chamar casa a alguém. Só que, para ela, era isso mesmo que ele era: a sua casa, o seu lar, o seu porto de abrigo. E isso assustava-a, mais do que gostava de admitir. Sair do seu casulo para uma casa que tinha vontade própria era meio caminho andando para um coração partido. E ela sabia bem demais o que era viver com um coração partido, ou como ela lhe chamava: sobreviver. E não sabia se estava preparada para correr esse risco.
quarta-feira, janeiro 21, 2015
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