Esta cena do Carlos Castro não é assim tão surpreendente - sejamos honestos. Surpreendente é o que se ouve dizer de todo este caso. Por exemplo, parece que é normal um homem de 65 anos namorar outro de 20. Há quem aborde isto com uma naturalidade com que nem dois adolescentes se beijam na paragem do autocarro. Era assim mesmo: namoravam há seis meses! E o amor é lindo!
Pelo andar da carruagem, dentro de um par de anos anos já é tudo normal: Homem com mulher, homem com homem, homem com 90 com homem de 15 e mulher na casa dos 40, mulher com electrodoméstico, criança com peluche, cão com o dono, fã de futebol com o seu jogador preferido, técnico da Zon com a nossa mulher, etc..
Mas isso, quando muito, será dentro de um par de anos. Por enquanto, a relação de Carlos Castro com o jovem modelo não era normal e devia ter sido condenada pelos seus amigos, pois que um homem apaixonado vê menos que o governador do Banco de Portugal.
Porém, como era homossexual e vivemos tempos em que ninguém pode ousar criticar uma opção tomada por um homossexual - nem a cor do carro é discutível - eu já ouvi uma grande actriz portuguesa, entre lágrimas, dizer que "o Carlos gostava muito dele", "ele passava muito tempo em casa do Carlos", "o Carlos pagava-lhe tudo", "os estudos, as viagens, comprava-lhe tudo...".
Será que isto também é normal? Será que Isto agora também é consensual, pacífico e até banal? Então, porra, o mundo já acabou. Os pássaros estão só a cair porque lhes acabou a pilha.
Pela minha parte, devo dizer que achava Carlos Castro uma figura muito simpática. Acompanhava, recentemente, embora com irregularidade, as suas crónicas no Correio da Manhã. Lamento profundamente o que lhe aconteceu, mas também lamento estas paixões arrebatadoras de pessoas poderosas (homem ou mulher) por pessoas ambiciosas (homens ou mulheres) com menos meio século. Isto não está certo, não é bonito e muito raramente acaba bem.
terça-feira, janeiro 11, 2011
Republicar "Lobi do chá"
Este amor não é para velhos
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