Uma vez li algures que as pessoas que conhecemos nunca são realmente aquilo que pensamos que são, porque as idealizamos sempre de uma forma diferente dentro da nossa cabeça. São elas, mas também são muito nós. E, por vezes, são mais nós que elas. E é aí que nos desiludimos. Porque elas não correspondem às expectativas que criámos. Culpamo-las, a elas. E não a nós, a nós que as criámos. É claro que é mais fácil dizer que foram elas. Empurrar o ónus para o lado. Mas terão sido mesmo elas? Ou teremos sido nós na ilusão do que elas eram? Acho que nunca saberemos bem ao certo. A verdade é que nunca ninguém conhece ninguém. E tenho para mim que certamente nem a nós próprios nos conhecemos. Somos seres demasiado complexos para compreendermos todas as nuances de que somos feitos. Toda a experiência nos molda e nos muda. E aquilo que a um faz a outro pode fazer exactamente o oposto. E é por isso que invejo aqueles que conseguem ter o profundo conhecimento do próximo. Porque só significa que tem ainda um mais profundo conhecimento de si mesmos.
quarta-feira, janeiro 13, 2016
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