Engraçado como as pessoas se encolhem de um dia para o outro. O tudo reduzido a nada ou a muito pouco. Pessoas que eram gigantes de altura e, de repente, sem elas próprias se darem conta, viram pequeninas, porque sempre o foram. Pessoas minúsculas que apenas eram grandes à vista ampliada de quem para elas olhava através da lupa enganadora que, por vezes, o nosso coração consegue ser. Pessoas que passam a sombras da luz que nos ilumina. Penumbras que se perdem na escuridão do que não interessa. Mundos que deixam de existir para dar lugar ao vazio que elas nunca conseguiram preencher de tão ocas que são. Porque são apenas ecos das vozes que pensámos ouvir dentro delas. Porque nunca tiveram em si o tamanho de ser alguém.
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