Olhou pela objectiva e viu-a. Viu-a pela primeira vez realmente e apaixonou-se. Foi exactamente naquele momento que soube que era com ela que queria passar o resto da sua vida, como se aquela lente lhe tivesse dado toda a clareza de espirito, e até mesmo de visão, que lhe tivera faltado até então. Através da sua paixão, a fotografia, tinha encontrado o seu amor: ela. E o estranho era que... ele já a conhecia. Já para ela tinha olhado mas nunca a tinha visto, não assim... tão objectivamente. Foi quase como se a lente lhe tivesse despido a capa exterior, aquela que ela usava para o resto do mundo, e lhe tivesse desvendado, apenas para ele, o segredo de tudo aquilo que ela era.
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