domingo, julho 11, 2010

Acreditar


Lembro-me de ser miúda e, na Primavera, procurar estas plantinhas para soprar. Dizem que devemos pedir um desejo e soprar, mas nessa idade os meus desejos eram daqueles que se pediam ao Pai Natal e as plantas não tinham nenhum poder mágico a não ser o de me fazer sorrir.

Tenho saudades desses tempos em que éramos puros de espirito, inocentes, e em que as nossas maiores preocupações eram: que prendas é que vou pedir(?), que gelado é que vou comer(?), e só espero que a minha mãe não faça nada com ervilhas para o jantar(!). Vivíamos o dia pelo o que ele era sem nos termos de preocupar com o futuro. Acreditavámos no melhor das pessoas e maldade resumia-se à Bruxa Má nas histórias de encantar, que era sempre derrotada. E todas as nossas histórias tinham um final feliz.

Ainda assim, e apesar de muito se ter perdido pela caminhada a que chamamos crescimento, gosto de "alimentar" a minha criança interior, de acreditar em sonhos e nas pessoas. Talvez seja "naive" da minha parte, mas se assim não for o que nos resta?

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