sábado, junho 05, 2010

John Rabe - o negociador


1937. Há quase 30 anos que John Rabe vive com a esposa, Dora, em Nanking, na China, onde é chefe do ramo local da Siemens. Como tal, é-lhe difícil passar o testemunho ao seu sucessor, Werner Fliess, e regressar a Berlim. Aprendeu a amar a China e sabe que, enquanto ali é um homem de grande influência, no edifício sede da companhia será apenas mais um empregado. Durante o baile de despedida em sua honra, Nanking é bombardeada pelos japoneses, que invadiram a China. Rabe não tem dúvidas em abrir as portas da companhia para que as famílias dos seus empregados ali encontrem abrigo. Na manhã seguinte, enquanto os estragos estão a ser contabilizados, os ocidentais que ficaram na cidade discutem o que fazer. O diplomata alemão e judeu Dr. Georg Rosen refere que uma zona de segurança para civis foi estabelecida em Xangai.

De imediato, a directora do Colégio Feminino, Valérie Duprés, apoia a ideia e sugere John Rabe como responsável, já que enquanto alemão, John Rabe é mais ou menos “aliado” dos japoneses. Mas a sugestão aborrece o Dr. Robert Wilson, um médico do hospital local que detesta Rabe por pensar que ele é um nazi. Este pensara partir no dia seguinte para a Alemanha, mas decide ficar, começando a trabalhar de imediato. Enquanto o Exército Imperial japonês inicia uma onde de enorme brutalidade contra as populações locais, Rabe e os seus colaboradores têm a coragem e a determinação necessárias para negociar com o invasor uma zona que garanta a segurança dos civis. Mas centenas de milhar de pessoas entram nessa zona e é cada vez mais difícil arranjar mantimentos para todos. Entretanto, os japoneses estão à procura de um argumento para invadir também essa região – uma corrida contra o tempo começa para Rabe…


(In)confidência: Apesar de não ter no seu elenco nenhum actor assim conhecido, é um filme que marca pela sua história, especialmente por ser baseado numa história veridica!! Não há um único momento do filme em que o espectador não esteja colado ao ecran, sendo que consegue ser um filme que falando de uma enorma tragédia não roça o lamechas.
É impressionante como ainda me consigo surpreender com a crueldade que o ser humano é capaz de cometer... mas, por outro lado, é bom ver que nos tempos mais difíceis há sempre alguém que se destaca e que tem em si o poder de mudar as vidas à sua volta, que tem uma bondade para além do que seria de esperar. Gostava de um dia poder mudar assim a vida de alguém!! Acho que deve ser das coisas mais gratificantes que alguém pode fazer.

Com o patrocinio da Ecofilmes.

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