terça-feira, julho 15, 2014

AE "O Teorema Zero" - Critica


Cartaz do FilmeSinopse:
Algures num futuro distópico e imerso em tecnologia, Qohen Leth (Christoph Waltz) é um génio informático excêntrico e anti-social que vive na angústia de conseguir encontrar a resposta para a mais antiga e profunda das questões colocadas pelo ser humano: o sentido da existência. É contratado por uma corporação misteriosa, duvidosa e omnipresente (que, diz o seu "slogan", "dá sentido às coisas boas da vida"), para que confirme uma fórmula fatalista baseada na teoria do Big Crunch, segundo a qual todo o universo caminha para uma contracção que levará ao derradeiro colapso. Em troca, são-lhe prometidas respostas para todas as dúvidas existenciais que o atormentam. A demanda de Qohen é interrompida pela chegada de Bainsley (Mélanie Thierry), uma rapariga jovem, sensual e voluptuosa. Mas ele não vai descansar enquanto não testar todos os limites. 
A ficção científica e a filosofia cruzam-se neste filme realizado por Terry Gilliam, que o descreveu como o terceiro tomo de uma trilogia "orwelliana" iniciada com "Brasil: O outro Lado do Sonho" (1985) e prosseguida com "12 Macacos" (1995). "O Teorema Zero" estreou-se em competição no 70.º Festival de Veneza. 
Para além de Christoph Waltz e Mélanie Thierry, conta no elenco com Matt Damon, Ben Whishaw e Tilda Swinton.

(In)confidência:
Um filme estranho mas bastante interessante. 
Passado num mundo futuristico, este filme retrata-nos a ânsia de um homem em saber qual o seu papel neste mundo. Este homem, socialmente deslocado, foca toda a sua vida na espera de um telefonema que não chega... um telefonema que lhe vai desvendar o sentido da sua existência, deixando assim de viver a sua própria vida arrastando-se nos dias que lhe sucedem. Mas mais do que esta procura por uma resposta a uma pergunta que já tantos outros fizeram, este filme retrata ainda a sociedade em que actualmente vivemos, uma sociedade dominada pelas novas tecnologias em que na maior parte das vezes até podemos estar fisicamente com alguém mas psicologicamente estamos noutro mundo qualquer, logados num facebook ou noutra aplicação semelhante. É esta necessidade de comunicar o vazio que nos preenche o dia a dia num mundo onde as pessoas se extinguem no peso da sua não existência, que nos toca e nos faz pensar. 

"I was alone but never lonely"

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