Ian Astbury e companhia estão aí para as curvas e esgotaram o Coliseu lisboeta.
Ao contrário de muitos músicos da mesma geração, Ian Astbury e Billy Duffy parecem conviver de forma relativamente pacífica com o facto de, sobretudo ao longo dos últimos anos, os The Cult se terem transformado numa banda essencialmente nostálgica.
A partir do momento em que se separou pela primeira vez, em 1995, o duo embarcou numa carreira errática e, talvez por isso, a natureza mais experimental e desafiante de discos como Beyond Good and Evil e Born Into This não foi recebida de forma tão consensual como seria de esperar pela sua base de seguidores.
A dada altura tornou-se claro que os fãs dos The Cult estavam interessados em ouvir essencialmente os temas do fundo de catálogo do grupo e esta digressão mais recente, apelidada Love Live , é um exemplo irrefutável de que os músicos estão dispostos a fazer-lhes a vontade.
O público correspondeu em massa ao apelo e, surpresa das surpresas, esgotou na totalidade a capacidade do Coliseu dos Recreios. Poucos minutos antes das 21:45, Astbury e Duffy - acompanhados por Mike Dimwick na segunda guitarra, Chris Wyse no baixo e John Tempesta na bateria - subiram ao palco da mítica sala da capital e atacaram de imediato "Nirvana", o tema de abertura de Love .
"Big Neon Glitter" e o tema-título do álbum que os catapultou para um sucesso em larga escala há mais de duas décadas denunciaram desde logo que o quarteto estava ali para interpretar o disco na íntegra e, seguindo o alinhamento original, a sorumbática "Brother Wolf, Sister Moon" deu seguimento a uma prestação imaculada em termos de interpretação.
Ian até pode ter ganho uns quilinhos desde que passou por Portugal pela última vez, mas as suas cordas vocais continuam imaculadas e a displicência com que continua a distribuir pandeiretas pelo público compensa o facto de cada vez passar mais tempo agarrado ao microfone.
Billy, por seu lado, parece estar cada vez mais magro e, com a naturalidade que se lhe conhece, continua a destilar riffs e solos de guitarra com uma mestria impressionante. Dimwick, Wyse e Tempesta são músicos de eleição e, claro, não deixaram os seus créditos por mãos alheias numa noite que se queria de celebração.
Talvez por isso a música tenha falado mais alto que tudo o resto, fazendo ignorar os pequenos problemas técnicos inerentes ao facto deste ser o primeiro concerto da tour e, em grande parte, até as imagens que foram projectadas atrás dos músicos durante toda a actuação.
"Rain", "Revolution" e, sobretudo, "She Sells Sanctuary" foram os pontos altos da primeira parte do concerto e puseram a sala em êxtase. A dada altura estava toda a gente a cantar, a dançar e a pular - da plateia às bancadas, passando até pelos camarotes. Uma prova de que, à semelhança dos seus ídolos, o público dos The Cult parece estar "pronto para as curvas".
Depois de um pequeno interlúdio instrumental, a banda voltou ao palco para interpretar uma espécie de best of durante o qual tocaram duas canções da sua fase mais recente e também alguns clássicos, culminado com a apoteose de "Love Removal Machine".
Não é preciso muito para adivinhar quais foram recebidas de forma mais efusiva, pois não?
A partir do momento em que se separou pela primeira vez, em 1995, o duo embarcou numa carreira errática e, talvez por isso, a natureza mais experimental e desafiante de discos como Beyond Good and Evil e Born Into This não foi recebida de forma tão consensual como seria de esperar pela sua base de seguidores.
A dada altura tornou-se claro que os fãs dos The Cult estavam interessados em ouvir essencialmente os temas do fundo de catálogo do grupo e esta digressão mais recente, apelidada Love Live , é um exemplo irrefutável de que os músicos estão dispostos a fazer-lhes a vontade.
O público correspondeu em massa ao apelo e, surpresa das surpresas, esgotou na totalidade a capacidade do Coliseu dos Recreios. Poucos minutos antes das 21:45, Astbury e Duffy - acompanhados por Mike Dimwick na segunda guitarra, Chris Wyse no baixo e John Tempesta na bateria - subiram ao palco da mítica sala da capital e atacaram de imediato "Nirvana", o tema de abertura de Love .
"Big Neon Glitter" e o tema-título do álbum que os catapultou para um sucesso em larga escala há mais de duas décadas denunciaram desde logo que o quarteto estava ali para interpretar o disco na íntegra e, seguindo o alinhamento original, a sorumbática "Brother Wolf, Sister Moon" deu seguimento a uma prestação imaculada em termos de interpretação.
Ian até pode ter ganho uns quilinhos desde que passou por Portugal pela última vez, mas as suas cordas vocais continuam imaculadas e a displicência com que continua a distribuir pandeiretas pelo público compensa o facto de cada vez passar mais tempo agarrado ao microfone.
Billy, por seu lado, parece estar cada vez mais magro e, com a naturalidade que se lhe conhece, continua a destilar riffs e solos de guitarra com uma mestria impressionante. Dimwick, Wyse e Tempesta são músicos de eleição e, claro, não deixaram os seus créditos por mãos alheias numa noite que se queria de celebração.
Talvez por isso a música tenha falado mais alto que tudo o resto, fazendo ignorar os pequenos problemas técnicos inerentes ao facto deste ser o primeiro concerto da tour e, em grande parte, até as imagens que foram projectadas atrás dos músicos durante toda a actuação.
"Rain", "Revolution" e, sobretudo, "She Sells Sanctuary" foram os pontos altos da primeira parte do concerto e puseram a sala em êxtase. A dada altura estava toda a gente a cantar, a dançar e a pular - da plateia às bancadas, passando até pelos camarotes. Uma prova de que, à semelhança dos seus ídolos, o público dos The Cult parece estar "pronto para as curvas".
Depois de um pequeno interlúdio instrumental, a banda voltou ao palco para interpretar uma espécie de best of durante o qual tocaram duas canções da sua fase mais recente e também alguns clássicos, culminado com a apoteose de "Love Removal Machine".
Não é preciso muito para adivinhar quais foram recebidas de forma mais efusiva, pois não?
Alinhamento:
Nirvana
Big Neon Glitter
Love
Brother Wolf, Sister Moon
Rain
Phoenix
Hollow Man
Revolution
She Sells Sanctuary
Black Angel
Electric Ocean
Wildflower
Sun King
Rise
Dirty Little Rockstar
Fire Woman
Love Removal Machine
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