Encontrou o anel sobre a cama. Sabia o que significava (se sabia!). Tinha esperado imenso tempo por aquele momento mas agora que acontecera não sabia como reagir. Tinha pegado nele, sem ele ver. Pusera-o no dedo. Ah, como brilhava!! Como era lindo, pensara ela. Não conseguia desviar o olhar. Sentia-o de uma forma que nunca conseguiria explicar a ninguém. Mas sabia que não era certo. Portanto, voltou a pegar nele e a pô-lo dentro daquela caixinha minúscula. Mais uma vez, fê-lo sem ele dar conta. Seguidamente, sentou-se do lado dele, deu-lhe a mão e esperou uns momentos. E, depois de respirar um pouco mais fundo que o habitual, disse-lhe que sabia que ele queria dar o passo em frente mas que não era dando o passo final que ele daria o passo em frente, ainda havia bastantes outros passos em frente a dar antes desse. A doçura do rosto dela, enquanto falava, iluminava-lhe o coração. E, ao invés de sentir perdido, sentiu-se confiante para o longo caminho que sabia ainda ter pela frente. Ela era sua, agora e sempre… E não eram precisas amarras ou correntes que a prendessem. Agora ele sabia disso. E sentia-se feliz como nunca.