Quando amo o meu lar deixa de ser uma casa, um edifício, quatro paredes, passa a ser uma pessoa, um coração, uma alma. Deixo de pertencer a um sítio para pertencer a alguém. E essa pertença sabe tão bem! Porque me construo na construção que o outro já é. Sou mais, sou plena. Mais completa. Sou uma junção perfeita de duas imperfeições que tentam ser mais do que são. E, quando volto a casa, é à outra pessoa que retorno, esteja ela onde estiver. Porque basta ser, não precisa de existir. Porque não há muros nem barreiras, nem caminhos demasiado longe, apenas dois braços prontos a receber-me como se eu nunca tivesse partido. E é ali o meu refúgio, o meu sítio seguro. O meu lar. A minha pertença. E não há nenhum outro lugar do mundo onde eu preferisse mais estar.
quarta-feira, janeiro 30, 2019
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