Sou louca. Completamente louca. E quem me conhece nunca atestara o contrário. Muito menos tu. Que conheces de perto todos os meus devaneios. Que mesmo longe ainda te surpreendes pela proximidade dos meus pensamentos. Talvez seria mais normal que os guardasse para mim. Que não os soubesses. Mas eu nunca fui muito certa. Nem muito menos fui de seguir as regras. Ou o que é mais politicamente aceitável ou comum. Prefiro gritar a loucura que vai em mim. Deitar para fora o que me vai dentro. Sem medo do que possas pensar. Sempre na esperança que compartilhes um pouco desta minha insanidade que teimo em partilhar contigo. Mas tu não és um louco como eu. Se bem que ambos sabemos que era assim que eu te deixava. Acho que nunca conseguiste ser são no tempo em que estivemos juntos. A loucura do amor nunca te permitiu ser outra coisa que não igual a mim. E isso exasperava-te. Embora te apaixonasse a loucura do que sentíamos e éramos juntos, Mas o exagero dos sentidos trocava-te as voltas. E era um desatino para ti este desvario daquilo que não se controla. Sempre foste mais sensato que eu. Já eu, incorporo, e sempre incorporei, orgulhosamente em mim, esta alucinação de sentidos, deixando-me levar pela demência que é ser e sentir. Portanto, podes me chamar louca, porque sabes que o serei sempre.
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