Trocaram olhares mas não se mexeram, não tiveram
coragem, nenhum ousou sequer quebrar aquela estranha ligação que dois estranhos, sentados, pelo
destino, num banco de autocarro, estabeleceram. O acaso ocupou-se de os juntar, mas a paragem dele,
já a seguinte, chegava cedo e atrasava-lhe o compasso. Pensou seguir. Pensou ficar. Só sair na paragem
certa, não a deixar fugir. Ela, atentamente, observava cada movimento, tentando discernir se era na
próxima paragem que ele sairia. Tinha decidido seguir, a paragem dela há muito que tinha passado.
Várias paragens se seguiram, sem que nenhum deles se apercebesse que tinham ambos o mesmo
destino.
quinta-feira, março 03, 2016
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