Fui eu que retirei o mundo das tuas palavras, não foste tu quem mo deu nem por um segundo. Portanto não tens com o que te preocupar. Estás a salvo da associação. É que algo assim retirado nunca é verdadeiramente nosso. Não é dado nem recebido. É receptado. Portanto acaba por ser até um pouco criminosa essa apropriação ainda que legítima de algo que não nos pertence. E que ousadia esta a minha de pensar em levar algo tão grande em mãos tão pequenas... Como se tivesse mais algum espaço em mim para o guardar. Às vezes, sonho... E engano-me. Faço de mim mais do que sou. Penso que reside em mim a força para o carregar e o trazer ao colo. Mas não sou mãe. Sou amante. Sou filha. Sou menina. Sou mulher. E isso (!) não chega para te trazer. Portanto, sou aquela que te lê e que te escreve. A que retira mundos das tuas palavras. A que sonhou um dia ter mãos suficientes para os trazer.
segunda-feira, dezembro 14, 2015
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