quinta-feira, novembro 06, 2014

Peça de teatro "Rapsódia Batman" - Critica


Sinopse:
Os Possessos. João Pedro Mamede, texto; Nuno Gonçalo Rodrigues, direção; Catarina Rolo Salgueiro, Filipa Matta, Isabel Costa, Marco Mendonça, Nuno Gonçalo Rodrigues, João Pedro Mamede, João Vicente, Rafael Gomes, Rita Figueredo e Teresa Coutinho, interpretação. 

"Podemos dizer que esta rapsódia é o percurso de alguém até aos limites da sua cidade. E depois para fora dela, porque tem essa capacidade. Essa é a distância percorrida entre o esperámos por ti e o agora estás por tua conta. Ou seja, alguém sai à rua sozinho e escolhe apenas ouvir e nunca escolher. E aquilo que descobre é ilógico e negro, porque as pessoas não falam. Mas também não se calam. E a rima só é fácil porque as palavras são más. E para as combater chamámos o Batman. E como ele não vem, alguém o substitui." - Os Possessos

Perguntaste o que se passa na cidade 
A cidade é tipo o metro 
E as pessoas estão-se tipo a matar 
Por tudo e por nada por não aguentar 
Mas também porque as estão a obrigar 
in RAPSÓDIA BATMAN

(In)confidência:
Esta foi definitivamente uma das peças mais giras que eu já vi! (",)
Não é uma peça com actores conhecidos, mas posso dizer que é uma peça com actores jovens e talentosos, e que não me admirava nada de os ver daqui a uns bons anos como caras reconhecidas pelo grande público. Não é uma peça com um grande budget, mas posso dizer que é uma peça com um cenário simples e espectacular ao mesmo tempo, invocando uma época um pouco futurista visto se basear numa instalação de peças de computadores que consegue atingir facilmente uns 3 metros (o que deve ter dado um trabalhão imenso!).
Mas como, na escola, sempre me ensinaram que não se define algo pela negativa, eu digo-vos o que é esta peça!! Esta peça é um musical original (e quando refiro original refiro-me tanto ao facto da história em si ser original quanto ao facto das músicas também serem originais) que invoca a figura do Batman como um homem como qualquer outro que se cansa de ser o herói enquanto as pessoas continuam a morrer e a chamar por ele, a ansiar por um herói, numa cidade de onde ninguém saí a não ser através de um "concurso". Mas desenganem-se se pensam que o Batman é a figura principal e tudo o resto é secundário, porque isso aqui claramente não acontece devido a toda a dinâmica da peça (em que todos os actores tem solos).
Obrigada, Sérgio!! Adorei a peça!! xD As coisas que, de vez em quando, se encontram nas portas de um bar qualquer, né?! Definitivamente, uma surpresa muito agradável!!

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