"Noite de quinta feira chuvosa de outono e Lisboa a oferecer várias opções a nível de concertos em várias salas da capital. Quem optou pelo Coliseu não se arrependeu porque teve tudo o que podia esperar de um concerto de Róisín Murphy. A irlandesa já tinha deixado água na boca na sua passagem pelo Festival Alive! no Verão passado, e agora teve oportunidade de confirmar toda a sua qualidade perante uma plateia numerosa.
Os tempos dos Moloko já vão longe. Mais do que hits planetários, Róisín pode orgulhar-se de ter estado num dos mais emblemáticos discos electro dançáveis da década de 90, «Do You Like My Tight Sweater?». Os tempos de amor com Mark Brydon terminaram em 2003 e a vocalista decidiu-se por uma carreira a solo que está a chegar mais longe do que se podia pensar muito graças à sua performance em palco. Esta noite Lisboa pôde contemplar toda a força, e todos os argumentos de Róisín Murphy ao vivo. A juntar à excelente voz sempre em harmonia com as batidas de cada canção, ela exibe todo um charme que varia com a frequente troca de roupa. Calças justas brancas e pretas, saltos bem altos, plumas, chapéus, casacos exóticos, um guarda roupa de respeito e que é usado ao ritmo de cada tema. A pose é quase sempre de loura sexy que muda o visual com óculos de escriturária, e depois escuros, exibindo luvas curtas pretas, ou longas rosas, e sempre com o seu quê de provocadora para as primeiras filas da plateia. Tudo isto sem perder um enorme fôlego que lhe permite estar em alta rotação durante duas horas já contado com encore.
Todas as canções que o público queria dançar, mais do que ouvir, dos dois discos a solo já editados ( o 3º está para breve) «Ruby Blue», e «Overpowered» foram desfilados, e acolhidos em ambiente de festa. Mas não se pense que foi só ver a vocalista a comandar uma banda concentrada a debitar batidas. Houve uma boa parte da actuação em registo surpreendente quando os músicos, e as duas meninas do coro, se juntaram num canto do palco para interpretarem uma mão cheia de temas num registo unplugged que a MTV não desdenharia!
A noite terminou com a famosa versão de «Slave to Love» que Brian Ferry aprovaria certamente e que serviu de banda sonora a um anúncio da Gucci. "
(In)confidência: Adorei o concerto!! Obrigada, Nuno. Foste um querido!! E este concerto só fazia mesmo sentido ao teu lado =).
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