terça-feira, novembro 20, 2007

Tiago Bettencourt & Mantha no Casino de Lisboa

Não falei contigo
Com medo que os montes e vales que me achas
Caissem a teus pés
Acredito e entendo
Que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és
Saudade é o ar
Que vou sugando e aceitando
Como fruto de Verão
Jardins do teu beijo
Mas sinto que sabes,
Que sentes também num dia maior
Serás trapézio sem rede
Pairar sobre o mundo
Em tudo o que vejo
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago e feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
E nela te pinto nua
Nua, numa chama
Minha e tua
Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando
E todo o teu planeamento estratégico de sincronização,
Do coração, são leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando
Anseio o dia em que acordares por cima
De todos os teus numeros,
Raizes quadradas,
De somas subtraídas,
Sempre com a mesma solução.
Nah!
Podias deixar de fazer da vida um ciclo vicioso,
Harmonioso,
Ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago e feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
E nela te pinto nua
Nua, numa chama
Minha e tua
Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos Deuses
Mas não fui eu que te escolhi
Desculpa se te usei
Como refugio dos meus sentidos
Pedaços de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti.
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago e feiticeiro...
...E nela te pinto nua
Nua, numa chama
Minha e tua
numa chama minha e tua...
Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém
Se não te deste a ninguém
Magoaste alguém
A mim passou-me ao lado...
A mim passou-me ao lado...

O concerto foi ontem e encerrou com a música "Carta"... Não consigo pensar numa música melhor para acabar...

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