Tenho uma bipolaridade em mim que nem eu própria compreendo. O que eu quero e o que eu sinto raramente se encontram para conversar.
quinta-feira, outubro 31, 2019
segunda-feira, outubro 28, 2019
Sou só eu
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sexta-feira, outubro 25, 2019
Precipicios.
Tu és um precipício em mim. E cada vez que vens eu dou um passo em frente e caio em ti. Caio de mim, profundamente, como se não conhecesse a nossa impraticalidade. E tu vens e eu vou também, em vez de me afastar, de me esconder. Digo a mim própria que posso ir, que sei o caminho, que consigo voltar. Mas sei que me vou perder mais a cada passo que der. E sou louca. Porque vou. Porque dou mais um passo. Porque escolho cair.
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terça-feira, outubro 22, 2019
Abraços.
E esmagas-me assim, contra ti, contra o teu peito, num abraço quase perfeito, num gesto sentido. E abraças-me como quem não tem medo de me quebrar, como quem me quer segurar, sem nunca me deixar partir. E sentes-me. Sentes-me a ir sem que nada possas fazer, sem que me possas deter.
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domingo, outubro 20, 2019
Medo de amar
Desenganem-se todos aqueles que acreditam que alguém tem medo de voltar a amar só porque se magoou numa relação anterior. Não há medo de amar. Há é medo de nos magoarmos novamente, de dar errado, de nos iludirmos, de partirmos a cara, de sofrer, de investir coração em algo que pode não dar em nada.
Transformamo-nos em estrategas no jogo, para nunca corrermos o risco de nos perdermos de amor. E mais tarde, aceitamos relações medíocres com medo de ficarmos sozinhos. Vivemos numa quase felicidade sempre à espera que melhore. Porque não temos coragem para sair, para deitar fora o tempo que já investimos. E prendemo-nos à pessoa errada, ficando num sítio que não é nosso. Onde não pertencemos nem nunca iremos pertencer. Demoramo-nos lá com receio do incerto. Preferimos nos contentar. Preferimos menos à (aquilo que crermos ser a) possibilidade do nada. Mas nada já é o que realmente temos, porque nunca seremos felizes dessa forma. A quase felicidade é o pior tipo de tristeza, porque somos tristes sem o saber. Vivemos agarrados a uma ideia de que vai melhorar e ficamos presos a algo que simplesmente nunca se irá concretizar. E no caminho, perdemos todo o nosso amor-próprio sem nunca sermos valorizados pelo o que realmente somos.
Ás vezes, também é necessário aceitar um tempo de calma e solidão no coração, para dar lugar a que o que realmente importa o preencha.
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quinta-feira, outubro 17, 2019
Constatações
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terça-feira, outubro 15, 2019
segunda-feira, outubro 14, 2019
sexta-feira, outubro 11, 2019
Escolhe o teu lugar
"A estupidez coloca-se na primeira fila para ser vista,
a inteligência coloca-se na rectaguarda para ver"
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terça-feira, outubro 08, 2019
sábado, outubro 05, 2019
quarta-feira, outubro 02, 2019
Comprei um vestido.
Comprei um vestido para ti. Um vestido para usar contigo. Para o ano que vem. Comprei um vestido. Um vestido azul. Azul esperança. Porque sei que irás de azul e quis ir a combinar contigo. Que parvoice, não achas? Comprei um vestido. Um vestido para um evento que não fui convidada. Mas ele estava lá. A olhar para mim. E ficava tão bem com a roupa que sei que vais levar. As coisas que me lembro... Comprei um vestido. Um vestido para a remota eventualidade de me convidares. E imaginei-nos a ir de mão dada. Felizes. Juntos. Comprei um vestido. Já te disse o quanto é bonito? Porque é. Acho mesmo que irias gostar. Roubaríamos a atenção da festa certamente. Não sei se por ele ou por me levares contigo. Mas comprei um vestido. Um vestido que nunca irei usar.
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