segunda-feira, junho 18, 2018

Corremos e Corremos.


Todos nós só apanhados pelas lembranças por mais que ergamos muros e muralhas. Aquilo que tentamos tanto esquecer acaba sempre por vencer e nos dominar, voltando-nos. E derruba-nos. E, de todas as vezes, é um pouco mais difícil de nos levantarmos. Por isso, corremos e corremos, e corremos e fugimos. Escondemo-nos de nós próprios, como se tal fosse possível. E bebemos, fumamos, fazemos o que for necessário para adormecer a dor... até que ela se silencie em nós. Mas não dura. Nunca dura. Porque ela não vai. Ela não foge. Ela não desaparece. E lá somos nós apanhados por ela enquanto corremos e corremos, e corremos e fugimos.

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