terça-feira, fevereiro 26, 2013

Visionamento - Robot and Frank - Crítica


Sinopse:
Frank Weld, um velho pai e ladrão de jóias retirado, está a perder a memória. A sua única amiga, Jennifer, a bibliotecária da cidade, faz-lhe companhia e aceita com mágoa mas compreensão as suas falhas de memória. Os seus filhos já crescidos, Hunter and Madison, estão a ter problemas para cuidar do pai, pelo que Hunter faz o que qualquer filho compreensivo fará no futuro imediato: instala um robô em casa para tratar do pai. Infelizmente, Frank não está contente com o seu novo ajudante, achando a sua presença estranha e enervante. Aos 70 anos, Frank não se sente confortável com as novas tecnologias, pelo que a presença do robô é, ao princípio, irritante e surreal. E, no entanto, o robô prova-lhe rapidamente que é mais do que uma máquina ou uma ferramenta. A sua programação é sofisticada, o seu comportamento é carinhoso. Para todos os efeitos, é um amigo racional e preocupado. Os seus conselhos e exigências para que Frank tenha refeições saudáveis e faça mais exercício têm como efeito a melhoria da saúde e do bem-estar de Frank. Mas à medida que saúde de Frank melhora, também aumentam as suas ambições. O robô está programado para lhe encontrar uma actividade que lhe mantenha as baterias carregadas e dê significado à sua vida. E, é claro, a única actividade em que Frank realmente se envolveu com prazer foi roubar coisas! Rapidamente descobre que o robô irá aceitar essa actividade, desde que o rácio entre o risco e a recompensa se mantenha equilibrado.

(In)confidência:
Frank Langella interpreta maravilhosamente neste filme um homem de 70 anos que está a perder a memória e que apenas encontra refúgio nos livros que lê e no mundo que antes conhecia, apresentado-se por isso um pouco avesso às mudanças e às novas tecnologias. No decorrer da história, ele acaba por incetar uma relação de amizade com um robot, que não passa mesmo disso, de um robot, despojado de qualquer tipo de emoções, mas que acaba por ser um pilar de estabilidade para Frank e, mais que tudo, um parceiro, uma companhia.
Num mundo que cada vez mais vive das tecnologias e das inovações e em que os velhos vão sendo esquecidos, é impossível não pensar na veracidade de uma história como esta num futuro próximo... No men is an island. E a solidão pode ser a pior morte de todas. Encontrar uma amizade ou uma esperança em algo, mesmo que esse algo seja inanimado, pode ser mesmo a solução.
Quanto às outras personagens a verdade é que acabam por aparecer demasiado apagadas, acabando este filme por ser um one man show.

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