Sinopse:
Sin, um antigo deus Sumério, era um dos mais poderosos do seu panteão… até à noite em que Ártemis lhe roubou a divindade e o deixou a um passo da morte. Durante milénios, o ex-deus convertido em Predador da Noite procurou recuperar os seus poderes e vingar-se de Ártemis. Mas agora tem peixes mais graúdos — ou demónios mais graúdos — com que se preocupar. Os letais gallu, que tinham sido enterrados pelo seu panteão, começam a despertar e estão famintos de carne humana. O seu objetivo: destruir a humanidade. Sin é o único que os pode deter… se uma certa mulher não o matar primeiro. E para quem apenas conheceu a traição, agora Sin terá de confiar numa pessoa que não hesitará em o entregar aos demónios. Ártemis pode ter roubado a sua divindade, mas outra mulher roubou-lhe o coração. A única pergunta é: irá ela mantê-lo… ou dá-lo a comer aos que o querem morto?
Opinião:
Quem me conhece sabe bem o quão fã eu sou da Saga Predadores da Noite, mal saí um dos livros e lá vou eu a correr devorá-lo! E devorá-lo é mesmo a palavra certa visto que em média leio o livro num dia!! É a Sherrilyn Kenyon tem uma escrita que nos agarra desde o primeiro momento e que nos deixa naquela ânsia de mais. E este livro não foi excepção!!
Neste livro encontramos como par romântico Sin, um antigo deus Sumério, e Katra, uma das aias de Ártemis, que é enviada por esta precisamente para matar Sin.
Já no volume 5 desta saga, "O Beijo da Noite", Katra nos tinha sido apresentada mas tinha ficado muito suspense e mistério no ar sobre o poder que ela detinha e quem seria ela.
Tenho a dizer que é um pouco difícil falar deste livro sem fazer spoilers para quem ainda não o leu... é que este volume acaba por ser um dos mais importantes porque além de se desmistificar um pouco mais a relação de Acheron e Ártemis, é ainda revelado um grande segredo. E não só... mesmo as personagens como Ártemis e Apollymi, que sempre apareceram retratadas como as más da fita, são aqui retratadas doutra forma, tornando-se mais reais. Tal como não existe ninguém inteiramente mau ou inteiramente bom, também aqui estas personagens começam a ganhar uma forma mais humana e coesa quando nos é dado a conhecer o outro lado das suas personalidades, justificando assim até algumas das suas atitudes anteriores. Mas não se deixem enganar pelas minhas palavras porque apesar de nos ser dada uma nova perspectiva sobre Ártemis, em que ela nos aparece como uma mulher carinhosa, protectora, magoada, ciente dos seus erros, arrependida, ela continua fiel a si mesma no que diz respeito à sua arrogância e egoísmo.
Gostei particularmente da personagem de Kish e tive pena que não tivesse aparecido mais. Gostei do seu humor retorcido, que também está patente em Sin e Katra mas que tem mais foco nele.
Também neste volume somos confrontados com um novo panteão e novos inimigos: os Gallu e as Dimme.
Repleto de personagens carismáticas e envolventes, este é um livro a não perder!
O único ponto mais negativo (digo mais porque não é inteiramente negativo) é o facto de a componente erótica neste livro, em comparação com os outros, ser mais diminuta. Da mesma forma, que a relação entre Sin e Katra, devido à própria história das personagens, nesse campo, aconteceu rápido demais.
Relembro a quem ainda não leu nenhum dos romances desta saga que pode (e deve!!!) ler qualquer um deles em separado, porque cada livro nos transporta até uma história diferente com inicio meio e fim, mas que seria melhor começar a ler pelo primeiro porque apesar das personagens principais serem sempre diferentes de livro para livro, essas mesmas personagens acabam por aparecer como personagens secundárias nos outros livros, entrelaçando assim os destinos das mesmas (o que na minha opinião é um dos aspectos mais característicos desta saga e que lhe confere um cunho de versatilidade e charme).