respostas a perguntas inexistentes (187)
do elogio da comparação ao elogio sem comparação
As mulheres não gostam de ser comparadas a nada. Nem como ofensa, nem como elogio. Nada. Preferem sempre a autenticidade, embora às vezes finjam que não. Quando fingem que não e sorriem a uma comparação elogiosa qualquer, na verdade não estão senão a chamar estúpido ao homem que a faz. Estão a divertir-se em silêncio, portanto.
As mulheres não gostam de ser comparadas a nada. Nem como ofensa, nem como elogio. Nada. Preferem sempre a autenticidade, embora às vezes finjam que não. Quando fingem que não e sorriem a uma comparação elogiosa qualquer, na verdade não estão senão a chamar estúpido ao homem que a faz. Estão a divertir-se em silêncio, portanto.
Um homem como eu demora muitos anos a perceber isto, e vai fazendo-o durante a vida como se estivesse a atalhar caminho no jogo da sedução, até um dia perceber que nunca seduz ninguém. A razão pela qual o faz durante tanto tempo é simples: um homem gosta sempre dum elogio, seja ele qual for. Chega até a gostar dos elogios que não compreende, desde que lhe pareçam como tal.
Quando um homem diz a uma mulher que ela tem a irreverência da Amy Winehouse, o olhar profundo da Mayra Andrade ou a simplicidade da Scarlett Johansson, não está senão a meter a pata na poça. A mulher quer sempre ser ela mesma. Por outro lado, um homem fica tão feliz se for elogiado pela força do Sylvester Stallone como pelo humor profundo do Woody Allen. Vai dar ao mesmo, desde que seja um elogio.
Um homem sente-se bem se for o melhor, uma mulher sente-se melhor se for única. É essa a diferença e é esse o encanto delas. É que ninguém é melhor do que ninguém mas todos nós somos únicos em alguma coisa, nem que seja por sermos aquilo que mais ninguém é: nós. Um homem vive, portanto, bem com a mentira que o coloca no topo do mundo. Uma mulher só pede que se a descubra. Às vezes é difícil, mas é sempre possível.
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