sábado, agosto 30, 2008


Desilusão é uma parte integrante do meu dia a dia! Alegramo-nos por saber que a família é aquela que em principio estará lá sempre e nunca nos desiludirá, mas essa é uma certeza ou uma sensação que já não tenho. Tenho a certeza que não há elemento da minha esfera de conhecimento que não me tenha, por maior ou menor que seja a razão, desiludido.

As pessoas não são aquilo que esperamos delas, são o que são e teremos, se quisermos, de gostar delas tal e qual como são, como aprenderam a ser ou como a vida fez com que elas fossem.

Li uma vez que as pessoas nunca mudam verdadeiramente, podem adaptar-se e moldar-se à vida e ao mundo mas no fundo são aquelas mesmas pessoas que sempre foram! Será que é pecado esperar das pessoas, esperar atitudes, sentimentos, considerações? Ou o único inconveniente é mesmo só nosso, já que é certo que essas mesmas pessoas não irão com certeza agir como esperamos que elas ajam! Será que para diminuir a desilusão que sentimos dependemos apenas de nós e da visão que temos do mundo e das pessoas, as vezes é uma visão um pouco romântica e demasiado cinematográfica?! Devemos vê-las apenas como aquilo que realmente são e não aquilo que queremos que elas sejam?!

A imagem de pessoas perfeitas tem que acabar, não existe perfeição como um todo, apenas um visão particular de perfeição que pode ser a nossa mas não a da pessoa que esta ao nosso lado. Somos diferentes e, ou nos respeitamos nessa mesma diferença, ou então o mundo e as relações não valem a pena! Aprender connosco e aprender com os outros. Que a nossa perfeição seja parte da perfeição dos outros e que a dos outros venham como mais valia para nós e nos faça sermos melhores como pessoas e seres humanos. Aprender a respeitar a diferença, aquilo que não é o que acreditamos mas é na realidade o que outros acreditam!

Crescer é uma parte fundamental do ser humano, ter a capacidade de pensar e de com esse pensamento evoluir é fantástico! As vezes é preciso cair mil vezes, só para que se tenha a noção que se pode e se consegue ‘levantar’ e, mesmo com o orgulho ferido, levantar a cabeça devagar e caminhar com esperança no futuro porque no fim de tudo a queda não foi apenas uma queda, foi apenas mais um degrau que se subiu nesta grande escada que é a vida. Não me considerem uma rapariga demasiado profunda nem com a mania que tem uma veia poética, vejam me apenas como uma rapariga de quase 25 anos que tem duvidas sobre a vida, sobre as relações humanas mas que no fundo gosta mesmo de parar para pensar e tentar entender aquilo que não entende, mesmo que isso se venha a revelar uma mágoa! É mesmo só isso...



Margarida Rebelo Pinto

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