quarta-feira, fevereiro 27, 2008


Quando penso em ti, Avó Judite, penso nos patinhos que tão carinhosamente me levavas a ver. Com a tua mão numa das minhas mãos e o pão na outra, partia eu para a minha odisseia privada. É engraçado como o lago que existe na minha memória é tão diferente do que existe hoje em dia.. Não pelo facto de ele já não ter patinhos, mas sim porque nas minhas lembranças ele é de proporções bem maiores... Acho que as nossas recordações de miúdos tendem a ser exageradas pela nossa visão tão própria da idade. Como eu era tão pequenina, a mim, o lago parecia um mar. E é ao pé desse mar que te via (e ainda te vejo) a sorrir para mim, enquanto dou pão aos patinhos. Será sempre assim que te verei. E espero que ao partires encontres um mar igual a este, para que quando te vá visitar, possamos as duas, de mãos dadas, ir dar de comer aos patinhos.

2 comentários:

João Marcelo disse...

:) Guardas uma memória muito bonita da tua avó. Acho que quando alguém se lembra de nós da forma como te expressaste no post, isso deve constituir uma recompensa suficiente para a vida de qualquer pessoa. De certeza que se a tua avó o soubesse, ficaria muito feliz.

Foi uma homenagem muito carinhosa.

Beijinhos

Marta da Cunha e Castro disse...

Obrigada =)