Nunca fui de imaginar futuros, de ver para além do aqui e do agora. Nunca me aventurei a sentir mais do que desejava. Nunca pensei ser capaz de sentir a possibilidade crónica de um destino. E ainda, mesmo assim, não consigo deixar de o sentir cada vez que estou a teu lado. E não o compreendo. Não me compreendo. Porque não és provável ou muito menos o esperado. Diria mesmo que és o errado. Mas sabes a tão certo... Como se todos os meus caminhos se convergissem em ti, apenas para eu me perder de novo. E, quase que sinto os dias sem fim contigo, na improbabilidade de nos acontecermos. Porque não o vês. Sei que nunca o verás. Não como eu. Não a mim. Estarei sempre sozinha a ver-nos naquilo que nunca permitirás existir. A ver-te feliz sem realmente o seres. A não sentires falta do que nunca chegarás a ter. E eu, serei triste no dom de saber mais do que devia. Mais do que queria. Nesse triste fado do teu desencontro.
segunda-feira, maio 20, 2019
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