Uma coisa é certa, odeio mentiras. Sejam elas grandes ou pequenas. Porque não é o tamanho que define a mentira. E não sei (nem quero!) lidar com mentiras. Para mim, em qualquer tipo de relação, tem de haver honestidade e confiança. Sem isso não se constrói nada. Claro que há mentiras piores do que outras, mas a verdade é que todas elas continuam a ser mentiras. E embora possa haver muitas verdades, quantas interpretações próprias, a mentira será sempre a distorção consciente da verdade ou de uma dessas verdades. E eu, prefiro mil vezes uma verdade incomodativa a uma mentira piedosa. Prezo a honestidade acima de tudo, mesmo que não seja a mais conveniente. Prefiro jogar com as cartas que tenho na mesa, saber com o que contar, do que manipular o jogo para que o resultado me seja mais favorável. Escolho basear as minhas atitudes em algo real mesmo que essa realidade seja bem mais imperfeita do que aquilo que gostava ou até mesmo que imaginei.
E não consigo deixar de pensar em porque é em que as pessoas mentem... E aqui podemos chegar a diferentes conclusões... Algumas por falta de carácter, outras por medo do que o outro irá pensar, ou até de se exporem, ou porque é mais fácil, outras ainda por algum convénio social… E certamente por muitas tantas outras razões. Mas porque achamos que temos de mentir?! Para não magoar os outros ou porque a mentira nos é mais conveniente? É que, ao que parece, é mais fácil sermos outra coisa qualquer (que achamos que devemos ser quando mentimos) do que nos próprios. Ainda assim, porque é que se não queremos dizer algo não o dizemos simplesmente ao invés de dizer uma mentira? Podemos sempre optar pelo silêncio ou pela não resposta, se não temos em nós a coragem ou a vontade de sermos directos e honestos. Porque de nada nos vale o medo de sermos julgados. Independentemente do que dizemos seremos-lo sempre. E eu prefiro ser julgada pelo que sou. E mais, sinceramente aquilo que possam pensar sobre mim pouco me interessa porque estou certa de quem sou. Não preciso de uma qualquer validação externa para me sentir bem comigo própria. E o que penso ou o que sinto só a mim me diz respeito.
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