E quanto mais velhos somos mais percebemos que é tudo uma questão de perspectiva. O certo, o errado, o bom, o mau... Deixa de haver verdades absolutas e o sentido do que é moralmente correcto expande-se. O mundo deixa de ser preto ou branco e adquire toda uma palete de cinzentos. E a mesma pessoa é mãe e madrasta, é puta e princesa, mulher e amante... A dicotomia que assumimos, embora nos distorça, torna-nos mais nós próprios. Iludimo-nos quando pensamos o contrário. A verdade é que gostamos de pensar que somos boas pessoas, bons amigos, bons filhos, bons irmãos, bons conjuges... E até o podemos ser mas nunca em plenitude. Teremos sempre em nós o reverso da medalha por muito, ou não, que o tentemos suprir. Mas ainda assim acredito que há de haver sempre alguém com uma opinião contrária à nossa, sobre nós. Nunca conseguiremos agradar a todos. Por mais que o desejemos ou até mesmo que tentemos. E daí? Talvez até seja verdade. Ninguém disse que éramos perfeitos. E o ridículo? É que esperamos que todos os outros o sejam. Perfeitos. Somos assim... uma inteligência imersa em estupidez. Claro que, com a idade, o passar do tempo, acertamos as expectativas e baixamos as exigências. Aceitamos ligeiramente mais a natureza humana, apesar de raramente a verdadeiramente compreendermos. Mas tornamo-nos seres mais amplos ao mudarmos a perspectiva.
quarta-feira, julho 18, 2018
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