Assusta-nos sentir que estamos a perder o controlo. Pois, o desconhecido é assustador. Mais vale o reconfortante hábito do quotidiano. Aí não há perigos. É que viver é demasiado perigoso. Uma pessoa pode sempre magoar-se... Sabemos lá nós (!) do que é o mundo é feito. Além disso, sonhar sozinho é mais seguro. Porque, quando se sonha sozinho, o sonho é apenas um sonho, e nada mais do que isso. É apenas um desejo longínquo que dificilmente se vai concretizar na improbabilidade dos nossos ensejos. O problema é que quando se sonha a dois o sonho passa a ser realidade… pelo menos na sua essência porque há toda uma possibilidade. E a possibilidade assusta. O diferente assusta. Amedronta-se-nos a coragem na eventualidade do que poderá ser. E é normal que assim o seja. Nada se consegue sem que primeiro tenhamos falhado ao tentar. Aquilo que obtemos sem esforço nunca tem o mesmo peso daquilo que tanto lutamos para conseguir. Mas, para isso, temos de arriscar. E, quando arriscamos, arriscamo-nos a nós mesmos. Pomos em jogo mais do que conseguimos, por vezes, pagar. Por isso, preferimos jogar pelo seguro, conjurando cenários na expectativa de um dia. E tentamos controlar os aspectos que nos circundam de forma a minimizar quaisquer danos que possam ocorrer. Só que a vida teima em acontecer. E o controlo que pensamos ter é tão falso como as seguranças que trazemos. Daí o medo que nos cresce debaixo da pele, que nos conhece tão bem e nos acompanha sempre. É sempre ele que nos assusta. Mas ainda assim prefiro isso à alternativa. Pelo menos, sinto-me viva.
sexta-feira, novembro 18, 2016
Possibilidades que assustam
Assusta-nos sentir que estamos a perder o controlo. Pois, o desconhecido é assustador. Mais vale o reconfortante hábito do quotidiano. Aí não há perigos. É que viver é demasiado perigoso. Uma pessoa pode sempre magoar-se... Sabemos lá nós (!) do que é o mundo é feito. Além disso, sonhar sozinho é mais seguro. Porque, quando se sonha sozinho, o sonho é apenas um sonho, e nada mais do que isso. É apenas um desejo longínquo que dificilmente se vai concretizar na improbabilidade dos nossos ensejos. O problema é que quando se sonha a dois o sonho passa a ser realidade… pelo menos na sua essência porque há toda uma possibilidade. E a possibilidade assusta. O diferente assusta. Amedronta-se-nos a coragem na eventualidade do que poderá ser. E é normal que assim o seja. Nada se consegue sem que primeiro tenhamos falhado ao tentar. Aquilo que obtemos sem esforço nunca tem o mesmo peso daquilo que tanto lutamos para conseguir. Mas, para isso, temos de arriscar. E, quando arriscamos, arriscamo-nos a nós mesmos. Pomos em jogo mais do que conseguimos, por vezes, pagar. Por isso, preferimos jogar pelo seguro, conjurando cenários na expectativa de um dia. E tentamos controlar os aspectos que nos circundam de forma a minimizar quaisquer danos que possam ocorrer. Só que a vida teima em acontecer. E o controlo que pensamos ter é tão falso como as seguranças que trazemos. Daí o medo que nos cresce debaixo da pele, que nos conhece tão bem e nos acompanha sempre. É sempre ele que nos assusta. Mas ainda assim prefiro isso à alternativa. Pelo menos, sinto-me viva.
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