Ele observou-a enquanto ela dormia e com os seus olhos desenhou-lhe as curvas. Perdeu-se no tempo enquanto o fazia, mas encontrou-se nela. Ela dava-lhe aquilo que ele nem nunca soubera que precisara. Era quase como se toda a sua vida se encaminhara para aquele momento. E ele, o parvo, tinha tentado evitá-lo. Tivera medo. Medo do que ela poderia representar. Mas a sorte estivera do seu lado naquela noite e toldara-lhe a visão tacanha. E ele, como que num golpe do destino, tivera a oportunidade de a descobrir e de se descobrir a ele próprio. Perguntava-se se seria com ele que ela estaria a sonhar... Perguntou-se se ele estava a sonhar...Desejou acordá-la. Mas não o fez. Não foi capaz de quebrar aquele momento de magia que os unia. Sentia que era capaz de ficar ali para sempre. Para sempre e talvez mais um dia. Ao invés, observou-a uma vez mais, até ele próprio adormecer.
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