Numa pequena cidade do Norte de Moçambique, o 25 de Abril de 1974 é recebido de forma peculiar… O português Lourenço de Castro, inspector da PIDE, perturbado pela morte do pai, vive com a mãe, Margarida e com a tia Irene. Lourenço de Castro conhece o que é ser membro da PIDE em solo africano, essa «fabricação do medo» que mais não é do que o medo do próprio futuro. “Vinte e Zinco” é uma reflexão sobre o significado da Revolução e sobre as vidas cruzadas de estrangeiros que vivem em território colonial e aqueles que acreditam no poder da terra, o que ela aceita ou não. Oscilando entre dois tempos diferentes, o passado e o presente, mas também o tempo interior, as personagens agem e narram-se simultaneamente a si próprias, como se reordenando o tempo ele se pudesse corrigir. Nesta curta história de memórias, onde a literatura, a história e a ficção se entrelaçam, conta-se o arrivismo português nas colónias negras, a distância que separa os colonizados dos colonizadores.
Vinte e Zinco
Salão Nobre, Teatro D.Maria II
25 de Abr a 01 de Jul 2007
3ª a SÁB. 22H00 DOM. 16H30
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