sábado, dezembro 30, 2006

Chorou.

Chorou. Passou-lhe a mão pelo rosto frio e branco. Pensou como é que ele lhe podia fazer aquilo... Tinha-lhe prometido que ficariam juntos para sempre. Queria-lhe pedir de volta o momento em que ele partiu, porque se esse era o último momento... pertencia-lhe! Se era para sempre, aquele era o sempre dele e por isso o sempre dela. Não tinha o direito de partir sem se despedir! ( Pensou ela, de novo) Não tinha o direito de a deixar! E agora? Que faria ela com todos os planos já imaginados? Com o vestido de noiva por comprar e os filhos dos dois ainda não nascidos? As lágrimas corriam-lhe pela cara, num pranto sucessivo. Ele nem sequer se tinha despedido. Ela não lhe tinha olhado um última vez nos olhos. E o beijo, o último beijo a que todos os amantes têm direito? Ele parecia tão sereno, ali deitado. Mas ela queria-o de volta. Queria ser egoísta, abana-lo, e dizer-lhe que ele não podia ir. Tinham ainda tanto para viver os dois. Naquele momento, em jeito de birra, pensou que se Deus existisse ela não gostava Dele. Não gostava. Não queria saber de mais nada. O que tinha de mais precioso já não existia. O seu menino... ( como ela, carinhosamente, o tratava ) Na sua cabeça, pensava ainda o que lhe diria se pudesse voltar atrás no tempo, até àquele momento crucial antes do final. Não sabia. que lhe poderia dizer? Que o amava? Ele já sabia. Que o amava como ninguém? Ele também sabia disso. Que nunca o esqueceria? Não o ia querer ver chorar... Se fosse para partir que partisse com um sorriso nos lábios. Não lhe poderia dizer isso. Não lhe podia dar a entender que era a despedida. Ele também choraria, de certeza, se o soubesse. Também ela não queria chorar. Queria que, nessa altura, ele levasse com ela um memória bonita, sem lágrimas, sem dor... Ela amava-o tanto! Tanto! Por que é que ele a deixou? O que seria dela agora? Como viveria ela sem a sua vida? Desejou, por instantes, se dissolver ali, em lágrimas. Ir com ele, para onde ele foi.

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Rasga-me as palavras.

Rasga-me as palavras. Cala-me. Grita mais alto que eu. Faz-te ouvir. Berra se for preciso. Mas não fiques em silêncio. Não morras mudo. O que tens a dizer interessa. Faz sentido.
Estou super triste. Faltam 2 dias para o Ano Novo e eu não tenho para onde ir. Costumo sempre ter imensos convites mas este ano ninguém se lembrou de mim. Parece que já ninguém gosta de mim. Parece que não tenho amigos. Desde que mudei de casa, sinto-me terrivelmente sozinha. E também o facto de duas grandes amigas minhas terem mudado de país e de não terem forma de contactar não ajuda muito. Há 8anos que não passo a passagem de ano em casa e muito menos em Lisboa... E, pelos vistos, este ano, vou mas é enfiar-me sozinha em casa (que até a minha mãe já deve ter plano de festas) , na cama, a chorar.
Dizem por aí que sou parecida com a Christina Scabbia

quinta-feira, dezembro 28, 2006

A cereja em cima do bolo é definitivamente a cara do miudo!


Foi preciso chegar a esta idade para ter um admirador secreto. Sim, é verdade. Liga-me e não fala. Diz que gosta de ouvir a minha voz antes de adormecer... Diz ainda que gosta de mim. Criou um email de propósito só para comunicar comigo. Diz que eu não sei os caminhos que ele teve de percorrer para arranjar o meu contacto. Diz ainda que agora eu sei que há alguém no mundo que pensa em mim a todo o momento e que esse alguém é ele.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

É oficial, este Natal, descobri que, as pessoas não fazem a mínima ideia dos meus gostos.

Para vocês, a minha prenda de Natal:

Se este ano o cota gordo de vermelho não aparecer nas vossas bandas já sabem de quem é a culpa...

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Herois


Também os heróis têm dúvidas. Também eles um dia deram um passo atrás para poderem dar um à frente, ou até, quem sabe, mais. Também eles tiveram medo. Também eles procuram o caos para se redimir na loucura e depois alcançar a glória. Também eles foram homens.
Agarrei-te. A tua silhueta esfumou-se em meus dedos. Olhei de novo, estavas uns passos à frente. Sorrias. Olhavas-me com aquele teu ar desafiador. Dizias-me, calado, " apanha-me se conseguires ". Corri... Mas já não tavas lá. Olhei, olhei... e não te vi. Pensei se algum dia lá estiveste... Não soube responder. Se calhar, foi apenas mais um subterfugio da minha mente...
Pela janela do carro, vejo as paisagens a passar por mim, enquanto na rádio toca uma música qualquer... nem dou conta, imersa nos meus pensamentos... Subo o volume do rádio na tentativa vã de não me ouvir mais. Mas não é suficiente para calar tudo o que dentro de mim há. Que inocente da minha parte achar que isso bastava...

quinta-feira, dezembro 21, 2006


Faltam 4 dias para o Natal e eu ainda não tenho nem uma prendinha =(
É relamente interessante parar para ouvir o que se passa à nossa volta no metro. Apanham-se conversas muito interessantes...
Estava um gajo ao pé de mim, toca o telefone, ele atende:
" Oh, senhora Teresa... a que devo a honra deste telefonema?"
" Querias que eu te tratasse como, Teresa? Por meu amor?"
" Ah, devia... Teresa, nós já acabámos há 1mês e meio"
" Sim, é definitivo"
" Eu não vou voltar contigo enquanto o pai dos teus filhos estiver aí, enquanto estiveres separada e ele ainda estiver aí em casa"
lololololool
Estaria eu viva antes dos meus olhos em ti poisarem?

Abram alas para a Noddy !!!



Lisboa fica mais bonita no Natal








Já fiz a minha parte... Agora falta a vossa... as PRENDINHAS!!!

domingo, dezembro 17, 2006

In Napoli where love is king
When boy meets girl here's what they say

When the moon hits you eye like a big pizza pie
That's amore
When the world seems to shine like you've had too much
wine
That's amore
Bells will ring ting-a-ling-a-ling,
ting-a-ling-a-ling
And you'll sing "Vita bella"
Hearts will play tippy-tippy-tay, tippy-tippy-tay
Like a gay tarantella

When the stars make you drool just like a pasta
fazool
That's amore
When you dance down the street with a cloud at your
feet
You're in love
When you walk down in a dream but you know you're not
Dreaming signore
Scuzza me, but you see, back in old Napoli
That's amore

(When the moon hits you eye like a big pizza pie
That's amore
When the world seems to shine like you've had too much
wine
That's amore
Bells will ring ting-a-ling-a-ling,
ting-a-ling-a-ling
And you'll sing "Vita bella"
Hearts will play tippy-tippy-tay, tippy-tippy-tay
Like a gay tarantella

When the stars make you drool just like a pasta
fazool)
That's amore
(When you dance down the street with a cloud at your
feet
You're in love
When you walk down in a dream but you know you're not
Dreaming signore
Scuzza me, but you see, back in old Napoli)
That's amore
Lucky fella

When the stars make you drool just like a pasta
fazool)
That's amore
(When you dance down the street with a cloud at your
feet
You're in love
When you walk down in a dream but you know you're not
Dreaming signore
Scuzza me, but you see, back in old Napoli)
That's amore, (amore)
That's amore


O que eu não faço para ganhar umas massas... =)

Tão perto e tão longe...

Isto de ter uma casa nova até é giro... A casa é gira e grande, mesmo no centro de lisboa. Estou perto de tudo. Estou tão perto que normalmente quando ando de carro perco-me sempre a vir para casa. Acho que este Natal vou ter de pedir ao Pai Natal um sistema de GPS =) É que assim sempre poupava em gasolina! Mas a coisa realmente chata é que ainda não conheço ninguém por estas bandas... Isto quando uma pessoa é nova faz amigos em todo o lado, não há qualquer dificuldade, agora com esta idade...

terça-feira, dezembro 12, 2006

Creepy

E pensar que há um livro para crianças intulado "Como se fazem os bebés" em que os desenhos são iguais a este bonequinho.... Não devem ter visto o filme!!

domingo, dezembro 10, 2006

Os amigos






Tou com tantas saudadinhas... volta rápido!! Sinto-me como um cãozinho sem dono, na montra da loja, à espera que alguém venha, me ache fofa e me leve...

"Crise dos 40" em cena no Teatro Mundial


Todos os que atravessam a crise dos 40 sabem que os homens ficam inseguros, indecisos e frágeis.
À medida que o tempo passa, assusta-os viver sózinhos, chegar a casa sózinhos depois de grandes noitadas, que por vezes não se revelam assim tão animadas.
No inconsciente ficam a pensar que a sua maturidade é uma poderosa arma para atrair as mulheres de 30 anos ou mais novas.
Joaquim Fonseca, o protagonista, de 42 anos, é guionista de televisão. Vítima de um trabalho instável e em plena crise dos 40 é abandonado pela mulher. “Estás gordo e careca”, foram os argumentos apresentados pela mesma ao saír de casa.
Até aqui a família vivia numa ampla casa , mesmo no centro da cidade, mas ao deixar Quim, a mulher aguarda a venda do imóvel para poder receber metade do valor.
ps. Obrigada FDL pelos bilhetitos.


Christina Aguilera - Hurt

Seems like it was yesterday when I saw your face
You told me how proud you were
But I walked away
If only I knew What I know today
Ooh ooh
I would hold in my arms
I would take the pain away
Thank you for all you've done
Forgive all your mistakes
There's nothing I wouldn't do to hear your voice
again
Sometimes I wanna call you
But I know you won't be there
Ooh I'm sorry for blaming you
For everything I just couldn't do
And I've hurt my self by hurting you
Some days I feel broke inside
But I won't admit
Sometimes I just wanna hide
Cause it's you I miss
And it's so hard to say goodbye
When comes to this ooh
Would you tell me I was wrong
Would you help me understand
Are you looking down upon me
Are you proud of who I am
There's nothing I wouldn't do to have just one more
chance
To look into you eyes
And see you are looking back
Ooh I'm sorry for blaming you
For everything I just couldn't do
And I've hurt my self
Ooh
If I had just one more day
I would tell you how much that I missed you since
you've been away
Ooh
It's dangerous
It's so out of time
To try and turn back time
I'm sorry for blaming you
For everything I just couldn't do
And I've hurt my self by hurting you

domingo, dezembro 03, 2006

Principe encantado

Celebro hoje o meu namorado
Fantasia que nunca passou de desenho animado
Celebro hoje o meu namorado
um sonho dourado
de beijos roubados
e um abraço apertado, que nunca foi dado
Celebro hoje o presente embrulhado
em papel prateado, por anos guardado,
mas nunca ofertado,
à espera talvez do príncipe encantado,
o meu namorado,
que, por ser fantasia,
nunca passou de um desenho animado
Deixo hoje um recado ao meu namorado,
tão querido, tão amado:
- "Lamento nunca ter te encontrado"
Meu Príncipe, tão esperado,
que, por ser fantasia
só podia ser Encantado!
Inês Bicudo

Saudade

A nossa última saída antes de teres ido para a Alemanha, Bio. Espero que esteja tudo a correr bem e que em breve arranjes maneira de contactar com quem ficou cá e que sente a tua falta.
Este Natal vai ter um toque especial. Apesar de não estar presente, a Céu vai estar em minha casa. Vai estar em cada pedacinho de Natal presente. E isso deixa-me feliz, muito feliz. Não podia querer ter herdado nada mais dela, senão o Natal. A arvore, as decorações, aquela caixinha de música... e aquela alegria e entusiasmo com que ela vivia o Natal.


No mínimo estranho é assim o espectáculo agora em cena no Casino de Lisboa.
Conhecida internacionalmente por apresentar trabalhos de grande beleza e imaginação, MOMIX é uma companhia de bailarinos-ilusionistas sob a direcção de Moses Pendelton. É famosa pela sua habilidade e talento em conjugar um mundo de imagens surrealistas usando adereços, luzes, sombras, humor e corpos. Em SUN FLOWER MOON, o espectáculo que celebra os 25 anos da companhia, os MOMIX reinventam-se poeticamente por um universo misterioso onde os astros são flores, as flores são estrelas e onde uma sensual lua se acende todas as noites.
Nota: obrigada, Diogo.
Afinal, ainda há românticos...
Hoje, andava eu pelo Vasco da Gama quando vi um rapazito meio escondido numa esquina, a sorrir para uma rapariga. Presumo que era a sua namorada. Ela vinha com uma caixa grande, algo que tinha acabado de comprar. Ele pediu-lhe que poisasse a caixa e atrás das costas tinha um ramos com rosas, muito bonito verdade seja dita, que deu de seguida à rapariga. Como é mais que óbvio ela abriu um sorriso do tamanho do mundo. E eu, mesmo não estando assim tão perto para ver, aposto que ela corou...

sábado, dezembro 02, 2006

Todos os dias frequento esta cidade e todos os dias vejo a vida a passar por mim, preso à realidade do trabalho e da casa fria e vazia que me espera, vejo os mesmos rostos e caras desconhecidas, que não quero ver todos os dias.

O início do inter-rail



Bordéus

Um pôr-de-sol para recordar.

Pois é, isto de estudar direito já está tão entrenhado que já não saí... É quando começamos com estas piadinhas jurídicas que vemos que já não tem cura.


Por incrível que pareça, foi a primeira vez que eu andei de carrocel.


O Grand Theatre, a grande atracção da cidade. por dentro, era muito bonito. O candelabro era qualquer coisa... e pesava 3toneladas. E o tecto era espantoso.



Bruxelas

O palácio da justiça era algo monumental. Parecia um templo grego ou romano.


Por toda a cidade se via igrejas e monumentos muito bonitos e muito trabalhados.


Este foi um dos espectáulos de rua que vimos, com muita pirotécnia à mistura, contava a história do homem que vendeu a alma ao diabo.


Cheia de pormenores e de surpresas em cada esquina, a cidade ia-nos supreendendo a cada passo.



Bruxelas II

Este era o nosso quarto. Tivemos sorte e ficámos num dos 4 que tinham este tipo de janela de frente para a igreja. E de noite com a iluminação via-se os seus belos vitrais.
A Grote Markt, a famosa praça. Tive muita pena de já não apanhar o tapete de flores que ali havia, em vez disso o espaço estava cheio de barrakitas e um palco enorme, porque por toda a cidade estava a haver um festival de música etnica.


Fartámo-nos de andar a procura do puto, para depois encontrarmos uma estatuazinha, sim porque aquilo não tinha mais de 50cm... por isso imaginem lá o tamanho da pilinha! Que desilusão!


Fomos ao museu de banda desenhada, cheio marioritariamente de coisas do Tintim e dos estrunfes.

Bruges

Esta cidade era toda muito mimosa. Nas ruas não se viam carros. Apenas bicicletas. Não havia sequer um papel no chão, fosse onde fosse.


Os moinhos eram muito giros.


As casas eram todas muito catitas e as caixas de correio no minimo originais.


A meio do nosso passeio, parámos para ouvir um homem a tocar piano em sua casa. Ele vimos mas não se incomodou nem um bocadinho. Mas não fomos os unicos! Depois de nós uns estrangeiros muito divertidos também fizeram o mesmo.


A praça principal à noite tinha um ar especialmente romântico com os seus coches.